sábado, novembro 23, 2024
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Mogi Mirim há 150 anos – Parte 1 | N° 704

Como era a cidade de Mogi Mirim e o sistema de vida de seu povo em meados do Século XIX? Especificamente, no ano de 1871? Baseando-me em uma série de informações históricas, acredito poder riscar um esboço muito próximo da realidade.

São dados que apresentarei a seguir, extraídos de antigos documentos, atas oficiais, estatísticas e censos do Município e do Estado, depoimentos de cronistas da época e outras fontes de inabalável veracidade.

Respondendo a uma solicitação do Governo da Província, a Câmara Municipal de Mogi Mirim enviou um ofício, em 25 de maio de 1871, informando a situação desta cidade naquele ano e que resumi, acrescentando outros dados:

POPULAÇÃO – Um total de 12.034 habitantes, sendo 8.454 pessoas livres e 3.580 escravos (quase 30% da população!).

EDUCAÇÃO – apenas 398 estudantes matriculados nas escolas, na faixa etária de 6 a 15 anos, existindo 1.517 dessa mesma faixa que não estudavam, ou seja, 79% do total. Sabiam ler – 1.611; analfabetos – 10.423!

RELIGIÃO – dos 12.034 habitantes, existiam 16 não católicos e 12.018 que professavam a religião católica, uma esmagadora maioria de 99,87%!

EDIFICAÇÕES – um total de 1.444 casas habitadas e 61 desabitadas. Os edifícios públicos ou comunitários eram 7: Mercado Municipal da Rua Cel. Guedes; Cadeia e Casa da Câmara, à Rua Dr. José Alves; Teatro São José, no Largo do Carmo (atual Praça Floriano Peixoto); Igrejas do Carmo, de São Benedito, do Rosário e a Matriz de São José.

ILUMINAÇÃO PÚBLICA – Constava de 28 lampiões a querosene, espalhados pelo centro e principais ruas. Nas residências, as esfumaçadas lamparinas.

VIAS FÉRREAS – Estava em construção o trecho entre Campinas e Mogi Mirim, da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que seria inaugurado anos depois.

Solar do Barão de Pirapitingui, onde D. Pedro II e sua corte imperial se hospedaram em 1875, 1878 e 1886. Essa casa centenária foi demolida em 1941 para dar origem à atual Praça São José, ao lado da Matriz.

Preceitos Bíblicos
“O homem irascível levanta contendas e o furioso multiplica as transgressões. A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito. O que tem parte com o ladrão, odeia a sua própria alma, ouve maldições e não o denuncia. Muitos buscam o favor dos poderosos, mas o juízo de cada um vem do Senhor”. (Provérbios 29,22-26)

Túnel do TEMPO
No dia 8 de agosto de 1910, Mogi Mirim recebia aquele que era considerada a última palavra em calçamento moderno – o paralelepípedo. Atualmente, existem raríssimos vestígios desse tipo de pavimento em nossa cidade, como num trecho da Avenida da Saudade e que recebeu tombamento oficial com decreto da Prefeitura.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim

– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso

Pontos de venda em Mogi Guaçu

– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril

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