sábado, novembro 23, 2024
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Mogi Mirim há 150 anos – Parte 3 | N° 706

Finalizando esta série de artigos sobre o município de Mogi Mirim em 1871 conforme o censo realizado naquele ano, serão focalizados o abastecimento de água potável, o vestuário dos habitantes e os administradores da época.

Abastecimento de água potável
Não existia água encanada e farta (isso somente ocorreu em 1887). O povo recorria aos três chafarizes no Centro da cidade e também à famosa “Biquinha”, que ficava nas proximidades do Centro Cultural. As mucamas levavam o precioso líquido em potes e enormes vasilhas de barro, transportadas sob a cabeça. E essas peças espatifavam-se ao menor deslize. Resultado: castigo para as pobres escravas!

Vestuário
Os trajes variavam muito, de acordo com as possibilidades financeiras. Os fazendeiros, com as tradicionais botas de cano alto, o indefectível e protetor chapéu de abas largas, a garrucha à cintura, calças e camisas de algodão claro e lenço no pescoço. Suas esposas e as mais ricas, com vestidos importados, prevalecendo a renda e os bordados franceses, artísticos chapéus e sombrinhas rendadas.

Em triste contraste, os escravos e as mucamas, com as chamadas “roupas de chita” e “gorgulhão”, além de pés no chão. As mucamas, cozinheiras, com o obrigatório lenço enrolado na cabeça e saias longas, brancas. Em linhas gerais, este é um retrato da Mogi Mirim de 1871, cidade então pacata, com um povo de vida modesta, mas saudável e sem os atropelos e disputas sociais da atualidade, habitantes super religiosos e felizes. Na medida de suas possibilidades…

O famoso “chafariz dos leões”, da Praça Floriano Peixoto, o nosso Jardim Velho. Monumento arquitetônico centenário e que foi demolido nos anos 1980 em prol da modernidade.

Administradores
1° de janeiro de 1887 – Assim estava formada a Câmara Municipal que administrada Mogi Mirim: Presidente – coronel José Guedes de Souza (Cel. Guedes); vereadores – major Domingos Sertório, tenente Luiz Quintino de Brito, capitão João Chysóstomo Bueno dos Reis, Francisco Bueno Godoi, Dr. Francisco Alves dos Santos, comendador Antônio Joaquim de Freitas Leitão (Cel. Leitão), cônego Luiz José de Brito (vigário da Paróquia de São José) e Dr. Antônio Pinheiro de Ulhôa Cintra (Barão de Jaguara).

Preceitos Bíblicos
“Sede sóbrios e vigiai, porque o demônio como adversário vosso, anda ao redor de vós, como um leão a rugir e buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé, cientes de que os vossos irmãos, dispersos pelo mundo, sofrem tribulação idêntica. Porém, o Deus de toda a graça, aquele que nos chamou em Jesus Cristo à sua glória eterna, depois que tiverdes padecido um pouco, Ele vos aperfeiçoará, fortificará e consolará”. (Pedro 5,8-10)

Túnel do TEMPO
08/08/1910 – Na sessão da Câmara dessa data, os vereadores capitão Claudio Celestinho e Dr. Francisco Alves dos Santos, indicaram à Câmara Municipal que, no orçamento de 1911, fosse consignada a verba de vinte contos de réis (20.000$000) para início do calçamento da cidade, com paralelepípedos. Foi definido que a primeira rua de Mogi Mirim a receber calçamento seria a Rua da Estação (Rua Conde de Parnaíba).

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim

– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso

Pontos de venda em Mogi Guaçu

– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril

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