Ao responder Mogi Mirim como o local de origem, muitos ouvem como resposta um comentário sobre o clube de futebol que ganhou notoriedade na década de 90, com o sucesso do Carrossel Caipira, estrelado por Rivaldo, Leto e Válber.
Mas a história do Mogi Mirim Esporte Clube vem de longa data. Oficialmente, foi fundado em 1932. Porém, dossiê do historiador Nelson Patelli comprova a fundação em 1903 e reorganização em 1932.
Em 1918, o Mogi jogava no campo onde hoje é a Santa Casa, em terreno de Sebastião Coelho, que na década de 30 estava vendendo as terras para construção do hospital. O Mogi buscava um campo, até que o governo de São Paulo cedeu a área atual, no controle das Centrais Elétricas. Nesse processo agiu Vail Chaves, diretor da Central, homenageado com o nome do estádio, inaugurado em 1943.
O estádio mudou de nome para Wilson Fernandes de Barros, Papa João Paulo II e Romildo Vitor Gomes Ferreira. Em 1933, o Mogi foi campeão paulista do interior. Na década de 70, contagiou a torcida com craques da cidade como Hugo Stort e quase subiu à Primeira Divisão. Foi campeão da primeira série da Segunda, mas caiu nas semifinais para o Sertãozinho. O time tinha Henrique Stort, um símbolo do clube, que trabalhou por mais de 45 anos no Mogi, somando-se os tempos de atleta e dirigente.
A elite foi alcançada com Barros, que foi um marco na história. Controlou o Mogi de 1982 a 2008. Recebeu o time na Terceira Divisão e o levou a uma apoteose com o acesso e o título da Segunda Divisão de 1985.
Com perfil arrojado, trouxe veteranos consagrados como Chicão, Branco e Paulo Nunes e revelou técnicos como Vadão, Argel e Adilson Batista. Em 1995, o Mogi quase subiu à Série A do Brasileiro, terminando em terceiro na Série B. O dirigente enriqueceu o patrimônio do clube, mas foi tão centralizador que sua morte em 2008 colocou em risco o futuro do Mogi, já sem movimento de associados. Rivaldo assumiu o controle em outubro de 2008, pagando uma dívida do clube com a família Barros.
O Carrossel repercutiu nacionalmente entre 1992 e 1993, mas a melhor campanha no Paulistão foi em 2013, eliminado pelo Santos nas semifinais. Nos dois casos, a presença de Rivaldo, respectivamente, como jogador e presidente. Em 2012, o Sapo já havia sido campeão do interior.