sábado, novembro 23, 2024
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Mogi Mirim se despede do Brasileiro da Série D, neste domingo, no Limeirão

Com o temor da torcida de que este possa ser o último jogo oficial da história do clube, ou no mínimo dos próximos anos, diante da grave crise financeira e imbróglios em que a associação está envolvida, o Mogi Mirim enfrenta o Prudentópolis neste domingo, às 18h. Caso realmente seja uma despedida, o palco deixa a realidade ainda mais melancólica: o Estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira, 50 quilômetros distante do interditado Vail Chaves, onde o clube não realizou um jogo sequer com portões abertos em 2018. A partida é válida pela última rodada da primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro. A mudança de local foi divulgada apenas na quarta-feira, pela CBF.

Com salários atrasados, profissionais da comissão técnica do clube entraram em greve e não houve treinos de segunda a quinta-feira. Na quinta, os jogadores decidiram aderir à greve, pois também estão com os salários atrasados e até cogitaram não entrar em campo neste domingo, no que seria o terceiro W.O. da história do clube. A ideia foi descartada na sexta-feira, quando os treinos voltaram.

No Campeonato Paulista da Série A-2 de 2017, Mogi mandou dois jogos no Major Levy Sobrinho. (Foto: Arquivo)

O primeiro W.O. foi contra o Ypiranga-RS, no Vail Chaves, pela 14ª rodada da Série C do Brasileiro de 2017, quando os jogadores decidiram não jogar em protesto contra os salários atrasados. Já o segundo W.O. ocorreu na Série A-3 do Paulista de 2018, devido a uma falha administrativa. Na ocasião, o Mogi perdeu de forma antecipada do São Bernardo por não ter definido um local em condições de abrigar o jogo dentro do prazo estabelecido pelo Regulamento Geral de Competições da Federação Paulista de Futebol, já que o Vail já estava interditado.

O temor de que o Mogi possa não mais disputar competições existe em função de uma série de problemas, como dívidas — trabalhistas, oriundas de empréstimos e com fornecedores — que chegariam a um total de cerca de R$ 20 milhões. Outro motivo é a administração caótica de Luiz Oliveira, que comanda o clube sem oposição interna, diante da dificuldade de oposicionistas conseguirem o direito de pertencer ao quadro associativo do clube, tema que está na esfera judicial. Outro fator de preocupação na torcida é a hipótese já admitida por Luiz de vender o estádio, cuja legalidade gera divergências de entendimentos jurídicos. Há ainda o temor de o estádio ser penhorado devido às dívidas. Se não bastasse esta série de fatores, os seguidos rebaixamentos e caos administrativo ainda deixam o Mogi cada vez menos interessante para investidores.

Granada considera difícil seguir na gestão do futebol

O presidente do Mogi Mirim, Luiz Oliveira, já admitiu a possibilidade de licenciar o clube das competições por dois anos, caso não seja fechada uma parceria. A possibilidade de renovação do contrato de terceirização da gestão do futebol profissional com os gestores Márcio Granada e Alessandro Álvares da Silva, o Botijão, é considerada difícil.

O entrave ao desejo de renovar e continuar no comando do futebol em 2019 é apontado por Granada como a falta de apoio da cidade. A falta de ajuda já foi utilizada nos discursos de dirigentes como Luiz e Rivaldo, ex-presidente. “Vai depender de muitas coisas, fizemos um campeonato sem ajuda de ninguém, cidade não ajudando, é complicado”, colocou, em resposta ao O Popular, via Internet.

Por outro lado, pesa a favor da continuidade o trunfo de ter a marca do Mogi Mirim para trabalhar. “O Mogi Mirim tem muito nome, muita camisa. Se der tudo certo, a gente quer continuar, sim, mas teria que mudar algumas coisas, ter mais ajuda”, completou.

Márcio Granada e Alessandro Botijão são os atuais gestores do futebol profissional do Mogi Mirim.(Foto: SilveiraJr.)

Questionado se ainda haveria a hipótese de disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista de 2011 como última tentativa, Granada disse existir esta possibilidade.

Perguntado sobre os eventos que havia anunciado a intenção de realizar com jogos para angariar recursos, apontou a interdição do Vail Chaves como fator impeditivo. Já quando questionado sobre os temas envolvendo problemas financeiros, com atraso de salários, falta de pagamento de taxas de arbitragem e de recursos financeiros para liberar o Vail Chaves, Granada não respondeu aos questionamentos.

Prudentópolis está na luta por 1 vaga à próxima fase

Enquanto o Mogi Mirim, apenas cumpre tabela e tenta deixar a Série D com pelo menos um ponto ou uma vitória, para o Prudentópolis, o jogo é de fundamental importância, pois o clube paranaense ainda luta por classificação e mira uma goleada para se aproximar da vaga.

Para ter chances de classificação, o Prudentópolis precisa vencer e contar com uma derrota do Brusque-SC, que irá enfrentar o São José-RS, no Estádio Augusto Bauer, em Santa Catarina, também neste domingo, às 18h.

O Brusque é o vice-líder, com 9 pontos, enquanto o líder São José já está classificado e é, ao lado do Campinense, um dos dois únicos clubes com 100% de aproveitamento na competição. Classificam-se para a segunda fase os líderes dos 17 grupos e os 15 melhores segundos colocados. Para terminar em segundo do Grupo 17 e, assim ter possibilidades de se classificar, o Prudentópolis precisa, além de se igualar em pontos, superar o Brusque no saldo de gols. Hoje, o saldo do Prude é de um gol negativo, enquanto o do Brusque está em cinco positivo. Assim, o Prudentópolis precisará de no mínimo uma goleada, que o coloque na frente do adversário no saldo, entre os dois jogos: a sua própria contra o Mogi e/ou a do São José contra o Brusque.

O Sapo jogará desfalcado do zagueiro Ian, suspenso.

O quase pior

Lanterna do Grupo 17, ainda sem ponto algum, o Mogi tem a segunda pior campanha da competição. O Murici-AL, lanterna do A08, tem a pior campanha, com pontuação zero e saldo negativo de 12 gols. O saldo do Sapo é de nove negativos.

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