A Prefeitura anunciou na tarde desta sexta-feira (11) a suspensão das atividades educacionais presenciais nas redes pública e privada de Mogi Mirim para o restante do ano letivo em 2020.
A decisão é respaldada pelo decreto 8.237/20, válido para todas as escolas municipais, estaduais e particulares da cidade, além de instituições de ensino superior. As atividades presenciais também ficarão suspensas junto às organizações da sociedade civil que possuem Termo de Cooperação ou Fomento com o município.
O decreto, assinado pelo prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), será publicado na edição deste sábado (12) do Jornal Oficial do Município.
Somando a educação infantil, ensino fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos (EJA), são 7.384 alunos matriculados em Escolas Municipais de Educação Básica (Emeb’s) e outros 1.810 em Centros Educacionais Municipais de Primeira Infância (Cempi’s).
O total é de 9.194 alunos atendidos pela rede municipal de Educação.
“A Secretaria de Educação tomou essa decisão advinda de uma série de ações, que foram pesquisas e registros junto aos pais, não só da rede pública municipal e estadual, como das escolas particulares. Precisamos deixar claro que o município soma esforços com as secretarias de Educação, Saúde e todos os mogimirianos”, ressalta a secretária de Educação, Flávia Rossi.
Ela frisa também que ano letivo não acabou.
“O que estamos fazendo é suspender as atividades presenciais e manter as atividades remotas. O decreto deixa muito claro que o município de modo geral, inclusive o ensino superior, terá a suspensão das atividades presenciais”, acrescentou Flávia Rossi.
A medida teve parecer favorável da Comissão Técnica Municipal de Contingenciamento Covid-19, do Conselho Municipal de Educação e do Comitê de Monitoramento e Enfrentamento da Covid-19 junto à Secretaria de Educação.
Decisão
Diversos fatores pesaram para a decisão anunciada nesta sexta-feira (11), como o de que o retorno da forma presencial significaria a circulação de um terço da população da cidade, gerando significativo fluxo de pessoas e prejudicando o isolamento social necessário para o enfrentamento da doença.
Outro ponto levado em conta tem relação com os protocolos básicos de segurança sanitária, já que a utilização de máscaras, distanciamento social e medidas de higiene são insuficientes para a proteção dos estudantes e profissionais da Educação, especialmente na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.
Consulta Pública
Nos últimos dias, a Secretaria de Educação promoveu uma consulta pública, exigida pelo artigo 3º da Resolução Seduc e realizada junto às unidades educacionais municipais, estaduais e privadas, para avaliar a opinião quanto a um possível retorno das atividades presenciais.
A consulta revelou que a maioria dos responsáveis pelos estudantes não desejam o retorno presencial das atividades.
O decreto ressalta também o fato que as crianças e adolescentes não possuem discernimento formado para precaução e tomada de todos os cuidados e restrições necessários para a não contaminação pelo coronavírus, podendo servir como vetores para contaminação de seus familiares e trabalhadores da área da Educação.
Atividades Virtuais
As unidades educacionais deverão manter as atividades virtuais e/ou impressas para os alunos de forma a minimizar prejuízo pedagógico aos estudantes. Na rede municipal, as atividades online são realizadas desde abril, semanas após o início da pandemia do coronavírus.
Os estudantes estão recebendo conteúdo didático de forma virtual e/ou impresso e são devidamente acompanhados pelos educadores, com relação a participação, presença e entrega de atividades.
Os Cempi’s devem manter contato com as famílias, estabelecendo semanalmente, a manutenção dos vínculos com as crianças através das redes sociais.
A Secretaria de Educação traçou estratégias de proximidade com as crianças em tempos de distanciamento, através da gravação de vídeos com conteúdo formado por histórias, dicas e brincadeiras. O acompanhamento é realizado semanalmente. (Da Redação)