A procura por atendimento na Central de Síndromes Gripais e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas) aumentou 531% em um mês e os casos positivos cresceram 2.050% no mesmo período.
Levantamento feito por O POPULAR mostra que no dia 6 de dezembro foram registrados 71 atendimentos em pessoas com síndromes gripais. Anteontem, dia 5, foram 377 atendimentos.
Lá no dia 6 do mês passado foram oito confirmações entre as 71 notificações, 11% delas. Nesta quarta, foram 164 casos positivos entre 377 notificações, 43% delas.
Em contrapartida, os casos de internações de pacientes graves diminuíram. No boletim do dia 6 de dezembro eram quatro pacientes em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), agora há só uma pessoa.
“Não é a hora de a gente relaxar, precisamos manter as medidas de distanciamento social, de uso de máscaras e de evitar aglomerações porque ainda é uma ameaça importante com a qual a gente precisa se preocupar”, concluiu a médica infectologista Mirian Dal Bem.
Segundo especialistas, a alta no contágio é resultado da aglomeração nas festas de final de ano. Mogi Mirim não registra nenhum caso da variante ômicron, que é mais contagiosa.
Superlotação
Diante deste cenário que se vê são a Central de Síndromes Gripais, anexa à Santa Casa, e a UPA, na Zona Leste, superlotadas. E com filas de espera para atendimento de mais de cinco horas.
“Cheguei aqui, na Central de Síndromes Gripais, às 11h, fiz a triagem e a coleta para exame de Covid e agora estou aguardando atendimento com médico. Já são quase 4 da tarde”, comentou Fabio Alexandre, com sintomas gripais desde quarta-feira, 5.
Reforço
Em resposta à alta demanda, a Secretaria de Saúde aumentou de um para dois o número de médicos na Central de Síndromes Gripais durante o dia e está contratando mais sete médicos para que dois fiquem também à noite. A Central funciona 24 horas por dia.
A Secretaria também vai contratar mais cinco técnicos de enfermagem.