domingo, abril 20, 2025
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Três casos confirmados de meningite: uma mulher e um bebê morreram

Mogi Mirim tem três casos confirmados de meningite, com duas mortes. Um bebê de cinco meses, do sexo masculino, do Parque do Estado II, zona Norte, e uma mulher de 54 anos, residente no bairro Boa Vista, zona rural, morreram em função de meningite bacteriana. A informação foi confirmada na terça-feira, dia 18, pela Prefeitura, através da Secretaria de Saúde.

A doença teve seu diagnóstico baseado pelas características clínico-laboratoriais dos pacientes, mas a Secretaria aguarda o resultado de exame do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para identificar o agente causador da meningite. As mortes ocorreram em um espaço de 30 dias.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o bebê recebeu os primeiros atendimentos no Pronto Socorro de Mogi Guaçu, que posteriormente encaminhou o paciente para a Santa Casa de Mogi Mirim. Contudo, ele faleceu em menos de 24 horas após a internação.

Já a mulher ficou hospitalizada no Hospital 22 de Outubro durante uma semana, mas não resistiu aos efeitos da doença e veio à óbito.

Além das duas mortes confirmadas, o município possui um terceiro caso de meningite, também em uma mulher, de 60 anos. Internada na Santa Casa durante 15 dias, ela recebeu medicação adequada, correspondeu ao tratamento e teve alta na terça-feira.

Em Mogi Mirim, a vacina contra a meningite tipo C está disponível para crianças e adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A primeira dose da vacina é aplicada a bebês de três meses de idade; a segunda, com cinco meses; e, a terceira dose, para um ano de idade.

O reforço na imunização acontece dos 11 aos 14 anos. Para vacinar, basta apresentar a carteira de vacinação. Clínicas particulares oferecem a imunização ao restante da população, voltado para os demais sorogrupos da doença, no caso, o tipos A, B, C, W e Y.

A Secretaria de Saúde recomenda a vacinação contra a meningite no município (Foto: Agência Brasil)

Embora a vacina proteja contra a doença e tenha efeito prolongado, hábitos diários podem evitar o contágio. “Uma das medidas preventivas não é só a vacina, mas também frequentar lugares arejados, ao espirrar ou tossir colocar lenço na boca, e a questão da higiene pessoal, como lavar bem as mãos é essencial”, enfatizou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Joalice Penna Rocha Franco.

 

Baixa cobertura

Aplicada diariamente na rede pública, a vacinação contra a meningite ainda é baixa na cidade. Em criança de nove anos, a cobertura vacinal atinge apenas 0,17%, enquanto com 12 anos a abrangência é de 10,81%. Adolescentes de 14 anos correspondem a 3,38% da cobertura. Em relação a crianças menores de 1 ano, a cobertura é satisfatória, de acordo com a secretaria municipal.

“É importante que os responsáveis levem seus filhos adolescentes para as unidades de saúde tomar a vacina, para avaliação da carteira de vacinação e a necessidade de aplicação. Quem nunca tomou precisa tomar”, reforçou Joalice.

 

O que é a meningite?

O Ministério da Saúde informa que a meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causada por diversos agentes infecciosos, ou também por processos não infecciosos como, por exemplo, medicamentos e neoplasias.

Entre os agentes infecciosos, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.

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