Já que não há muito o que celebrar sobre o atual Mogi Mirim Esporte Clube, relembrar o passado traz um certo conforto. Hoje vou falar aqui sobre o histórico de confrontos entre Mogi Mirim e Vasco da Gama. Uma das agremiações mais tradicionais do futebol brasileiro esteve no caminho mogimiriano em três oportunidades.
A mais recente foi em 24 de agosto de 1993. Que jogo, amigos! No dia 21 daquele mesmo mês, o Sapão havia ido ao Estádio de São Januário. Por lá tomou um chocolate, no dia do aniversário de 95 anos do cruzmaltino. Luís Carlos Guarnieri (contra), além de Vitor e um doblete do ainda garoto Jardel, garantiram os 4 a 0 para o Vasco.
Era a final do Torneio João Havelange, um regional que reunia os melhores times do Torneio Rio-São Paulo e do Torneio Ricardo Teixeira (vencido pelo Mogi), uma espécie de Série B do Rio-São Paulo. Enfim, a derrota no Rio dificultou a vida mogiana. Mas, na noite daquela quarta-feira, 24, os 702 pagantes que foram ao Vail Chaves (à época chamado Wilson Fernandes de Barros) viveram uma montanha-russa de emoções.
A reversão do título era uma missão ingrata. O Mogi precisava vencer por quatro gols de diferença para levar ao menos para a prorrogação. E, por mais que o Vasco estivesse com seu time reserva, cheio de garotos, era o Vasco. Ainda no primeiro tempo, Daniel abriu o placar para o MMEC, aos 21. Na etapa final, Alexandre, aos 14; e Lela, aos 33, ampliaram. Faltava um gol para igualar no agregado.
Foi aí que, aos 39 minutos, Joca, que entrou no lugar de Polaco, fez 4 a 0 e levou a torcida mogimiriana ao delírio. A partida foi para a prorrogação e os cariocas seguraram a pressão. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Caetano, que pegou dois pênaltis, anotou o dele e garantiu o 4 a 3 que deu a taça aos cruzmaltinos. Um duro golpe a derrota, mas inesquecível a goleada diante de um gigante.
Naquela noite, o Sapo foi a campo com Mauri; Polaco (Joca), Marco Antônio, Luís Carlos Guarnieri e Capone; Simplício, Ronaldo, Lélis e Sandro (Lela); Daniel e Alexandre. Já o Vasco atuou com Caetano; Bruno Carvalho, Alê, Alex e Marco Aurélio Ayupe; Sidnei, França, Vitor (Viana) e André Pimpolho; Júnior (Denílson) e Jardel.
Foram registrados 702 pagantes para uma renda de CR$ 107.900,00. Na próxima edição desta coluna, completo os relatos deste duelo, com destaque para um sensacional, realizado há mais de 70 anos e que marcou as celebrações pelo centenário de Mogi Mirim. Mas não era bem o centenário de Mogi Mirim…