sábado, novembro 23, 2024
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Mogi Mirim x Vasco da Gama – Parte 3

E continuamos a história dos duelos entre Mogi Mirim Esporte Clube e Clube de Regatas Vasco da Gama. Contei, até aqui, sobre os duelos de 1993, pelo Torneio João Havelange e sobre as expectativas para o confronto amistoso de 1949. Após não dar certo a primeira data, em 3 de abril daquele ano, o duelo foi remarcado para 17 de abril.

Naquele mesmo dia, o Jornal de Notícias, do Rio de Janeiro, publicava matéria com o seguinte título: “Exibe-se hoje em Mogi Mirim o Vasco da Gama”. O periódico destacou que, devido ao mau tempo, a data foi transferida, mas que o adiamento não reduziu o interesse mogimiriano no espetáculo. E deu a letra: o Mogi estaria reforçado para o confronto.

“O Mogi Mirim está disposto a conquistar nesta tarde, contra o Vasco, um resultado dos mais brilhantes, apesar de reconhecer que terá pela frente um adversário dos mais difíceis. Para tanto, a diretoria do simpático grêmio conseguiu alguns reforços para a equipe, à qual, no último ensaio que realizou, demonstrou que se encontra em condições de marcar atuação das mais destacadas.”

Além de nomes que já compunham o quadro local, o time vermelho e branco contou com jogadores do Palmeiras, como o goleiro Lourenço, campeão do Torneio Rio-SP pelo Verdão, em 1951, e o zagueiro Tremembé, que estreara em 1946 e estava em seu último ano pelo Alviverde. A Portuguesa cedeu o ponta-direita Elizeu e a Ponte Preta, a grande estrela entre os reforços: Sabará.

Nascido em Atibaia em 1931, Onofre Anacleto de Souza foi chamado para compor o time vermelhinho. Após ficar famoso, soube-se, através de revistas e jornais, que, terminado o jogo, chegou a fugir do estádio Vail Chaves até a sua casa para escapar de dirigentes do Vasco, que ficaram interessados em seu futebol.

Sabará acabou retornando à Ponte Preta e, em 1952, chegou ao Vasco, se tornando um dos principais nomes do time carioca na década de 1950. Foi convocado para a Seleção oito vezes e marcou um gol. Por décadas, se manteve como o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Vasco da Gama, com 576 partidas, sendo superado apenas por Roberto Dinamite (1.110) e Carlos Germano (632).

Fortalecido, o Sapão bateu de frente com aquela máquina, sobre a qual trarei mais detalhes em nossa última coluna sobre os duelos entre Mogi x Vasco.

Até lá.

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