O Mogi Mirim Esporte Clube recebeu o Jaboticabal na manhã do domingo, dia 30 de setembro e saiu na frente na semifinal da São Paulo Cup. Com um gol do seu camisa nove, Vitor Tanque, aos 25 minutos da etapa final, o Sapão ganhou um duelo marcado por muita confusão e que chateou boa parte da torcida.
Com o resultado o Mogi joga agora por um empate na partida de volta, agendada para este domingo, dia 6 de outubro, a partir das 10h00, no estádio municipal José Antônio Fonseca, o Canhoteiro, em Jaboticabal. Apesar do conflito nas informações sobre o regulamento e eventuais vantagens para times com melhor campanha, um dos responsáveis pela organização, Samuel Este, garantiu que, em caso de empate no placar agregado, as semifinais serão decididas nos pênaltis.
Ou seja, se o Mogi perder por um gol de diferença a decisão pela vaga vai para os penais. O Jaboticabal só avança de forma direta se vencer por dois ou mais gols de diferença. O mesmo critério será válido na decisão. Na outra chave, o Independente, que tem sede em Mogi Guaçu, saiu na frente e fez 3 a 2 sobre o Garça, fora de casa.
O segundo jogo será neste sábado, às 15h00, em Bom Jesus dos Perdões, cidade em que o Galo vem mandando as partidas na competição. Por ter melhor campanha que Independente e Garça, caso avance à final, o Mogi decidirá o jogo da volta como mandante. Há, porém, um rumor nos bastidores, de que a final pode ser em jogo único, no estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo, informação não confirmada pela organização.
A ida
A desorganização da competição prejudicou as equipes. Com início marcado para as 10h, o jogo sofreu um atraso de uma hora e quinze minutos por três razões diferentes. Primeiro na chegada da equipe visitante, que cruzou os portões do Vail Chaves apenas às 9h45 e se apresentou no gramado às 10h06. Atraso que poderia causar irritação da arbitragem? Pois o trio sequer tinha dado as caras. Há um conflito de versões sobre o ocorrido com os homens do apito. A diretoria de futebol do Sapo, representada pelo gestor Marcelo Galático, diz que a responsabilidade pela escala do trio era da Global Scouting Football, empresa que gerencia o torneio.
Por outro lado, o presidente do Jaboticabal, Nelson Gimenez, sustenta que esse encargo tem ficado sempre nas mãos da equipe mandante. “O Mogi tenta ganhar no grito” disse o mandatário do Jotão, que não gostou nada da decisão tomada pelo Sapo de chamar um trio local, de última hora, para apitar o confronto.
Tanto o árbitro Daniel Cardoso, quanto a presidente da Lifamm (Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim), Sueli Mantelato, confirmam o contato de Galático apenas após as 10h de domingo. Uma hora depois, já com trio e times em campo, o Jaboticabal ameaçou não jogar. Foi o terceiro motivo no ‘jogo dos atrasos’. A alegação era de suspeição da arbitragem local e má forma física do árbitro. Depois de muita conversa e até uma ordem vinda de Jaboticabal, a bola rolou às 11h15. Parcela importante da torcida que foi ao Vail Chaves já havia desistido de esperar e deixado o estádio.
Em campo
Dentro das quatro linhas foi nítida a percepção de que o atraso e a dúvida sobre a realização ou não da partida atrapalhou e muito as equipes. Nos primeiros minutos, apenas correria e passes errados até que os jogadores retomassem o aquecimento adequado. Apenas na segunda metade do primeiro tempo as chances começaram a aparecer. Primeiro para o Jotão, que com o meia Gatuso, roubando bola no ataque, obrigou intervenção do goleiro Júlio. O Sapo respondeu com arremate de Carlão, de longa distância e uma jogada de efeito de Higor Piauí, que driblou dois adversários e parou no goleiro Marcos Adriano.
As mudanças do técnico Maizena melhoraram o desempenho do Sapo no segundo tempo. Principalmente a entrada do jovem Matheus Felipe, da base vermelhinha, que com 18 anos fez sua estreia no profissional. Entre os colegas de time ele é chamado de “Neymarzinho”, algo atribuído pelos dribles e também a semelhança na fisionomia. Seus lances criaram duas boas chances para o Sapo. Mas, foi em uma linda jogada de Rafael Lins que saiu o zero do placar. Ele deixou dois adversários para trás e serviu Vitor Tanque que tocou na saída do goleiro.
O Jaboticabal sentiu o gol e não teve forças para reagir. O Mogi, por outro lado, não teve calma para aproveitar outras três chances criadas para ampliar o marcador e ter uma vantagem maior no segundo jogo. Como detalhe interessante, o Sapo terminou o jogo com dois jogadores “da terra” na equipe. O zagueiro João Vilanova, também conhecido como João Piqué, que defende a Aparecidinha na Copa Rural e o meia Marquinhos, com várias passagens por equipes de futebol e futsal amador, estavam entre os 11 que concluíram o duelo pelo Sapão.