sábado, novembro 23, 2024
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Mogianos no São Paulo FC

Patryck Lanza dos Reis tem sido relacionado com frequência para o time profissional do São Paulo Futebol Clube. O garoto é daqui da nossa terra, nascido e criado no bairro da Santa Cruz, filho do Luiz dos Reis, o Cebola, famoso no meio amador, sobretudo pela passagem pelo Art Base.

Patryck é cria da Escola Oficial do São Paulo, de grande trabalho promovido pelo professor Edson Henrique Rosa. Se destacou tanto que, bem jovem, foi parar na base do Tricolor, lá em Cotia. Já representou nossa cidade em Sulamericano e Mundial Sub17, ganhou estaduais de base pelo Tricolor e jogou a Copinha em 2020.

No profissional, foi relacionado contra o CSA no Brasileirão de 2019, e diante de Corinthians, Fluminense e Red Bull Bragantino, no nacional deste ano. Tem a confiança de Fernando Diniz e consta como um dos 40 inscritos na Conmebol Libertadores. A ele, desejamos sorte na caminhada. E cabe aqui relembrar a memória de outros atletas que nasceram por aqui e jogaram no seu atual clube, o São Paulo.

Para ter uma ideia mais precisa, recorri ao amigo Michael Serra, historiador do Tricolor. Através de uma listagem oficial do clube paulistano, foi possível checar que só há outro mogimiriano nato entre os quase 1.500 atletas que já atuaram em partidas do time principal são-paulino. José Carlos de Carvalho, o Zé Carlinhos, nasceu por aqui, em 12 de março de 1965.

Logo com 16 anos começou a carreira no Palmeiras de São João da Boa Vista, cidade em que possui maior vínculo e um dos motivos para não ser assim tão lembrado por aqui. Chegou ao Tricolor em 1984 e ficou por lá até 1988, quando estreou no profissional. Fez seis partidas, atuando como zagueiro e lateral-direito. A trajetória não foi de muito sucesso, em um time que tinha Raí e Müller, mas que ainda não era a máquina montada, tempos depois, por Telê.

Com o Mestre, aliás, chegou a atuar pelo São Paulo o zagueiro Capone. Este, não é nascido, de fato, por aqui e sim em Campinas. Não entra na referência criada, mas merece, claro, a reverência, já que veio bem jovem aqui para as nossas bandas. A região tem ainda outros oito naturais da Baixa Mogiana com passagem no principal do São Paulo.

De Mogi Guaçu, uma fera. Babá Caveanha defendeu o Tricolor entre 1966 e 1970, foi campeão paulista em 1970, chegou a defender a Seleção Brasileira e é, até hoje, o 20º maior artilheiro do clube, com 94 gols. Uma marca sensacional. O ex-zagueiro Samuel, o ex-meia Humberto Suzigan e o ex-atacante Luiz Pinarel também defenderam as cores do time do Morumbi.

Porém, com maior destaque, é mesmo Vitor. O ex-lateral-direito chegou ao São Paulo após ser revelado pelo grande Álvaro da Silva Domingues, o Índio, em uma escolinha guaçuana. No Tricolor, foi campeão da Libertadores em 1992 e 1993 e do Mundial de 1992, entre outras conquistas. Fez até gol em decisão da América.

A região também teve nomes nascidos em Itapira e que vestiram a camisa tricolor. Ênio Rocha, o Rochinha, fez duas partidas em 1940. Américo Levatti Neto, ou só Neto, jogou pelo clube no final da década de 1980. Mas o grande nome foi atleta são-paulino entre 1962 e 1968.

Hideraldo Luiz Bellini viveu uma fase de secas pelo Morumbi, mas fez 214 jogos e se tornou ídolo. Sem dúvida, há ótimas referências para Patryck. Que o garoto, hoje de 17 anos, possa olhar para o passado e ver os espelhos que a região oferece para que ele a bem represente com a camisa do Tricolor.

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