sexta-feira, setembro 20, 2024
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Mogimiriano está “levemente otimista” para compras, aponta pesquisa

Em meio a pior crise econômica da história do país e uma recessão que se prolonga, ao menos, há três anos, o consumidor mogimiriano está levemente otimista. É o que aponta uma pesquisa sobre o Índice de Confiança do Consumidor, realizada nos primeiros dias de abril, e que ouviu 546 consumidores das quatro regiões da cidade. Realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim, que de Sicovamm, agora passa a ser chamado de Sincomércio, com o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) teve como objetivo identificar o sentimento dos consumidores, levando em conta suas condições econômicas atuais e expectativas quanto à situação econômica futura no município e no país.

A pesquisa avaliou consumidores com renda mensal da faixa de 0 a 5 e de 0 a 10 salários mínimos. O indicador, que varia de zero, no caso, pessimismo total a 200, otimismo ótimo, alcançou 111,1 pontos nesta primeira edição.

O índice de confiança do consumidor é medido pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC). O ICEA atingiu 78,6 pontos em abril, revelando o sentimento de insatisfação dos consumidores em relação às condições econômicas atuais. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) registrou 132,8 pontos, mostrando que, apesar de sentir os efeitos da atual crise econômica, o consumidor está otimista em relação ao futuro.

Fábio Pina, assessor da FecomércioSP, e José Antonio Scomparim, presidente do Sincomércio. (Foto: Fernando Surur)

Fábio Pina, assessor econômico da FecomércioSP destacou que a pesquisa faz com que os lojistas possam traçar estratégias e fidelização e identificar pontos relativos que vem contribuindo para o afastamento dos consumidores. Em Mogi Mirim, a insatisfação com a queda no movimento vai além da atual crise econômica, mas sim a falta de ações de entidades representativas ao comércio.

A recessão atual é algo a ser levado em conta, mas que possui seu lado positivo, segundo o assessor, em termos de conscientização e prudência do consumidor na hora de se comprar e de se gastar. “A crise, apesar de ruim, é didática, o consumidor fica muito mais racional”, apontou.
Presidente do Sincomércio, José Antônio Scomparim, crítico à ausência do Poder Público em medidas que colaborem na melhoria do comércio e na formação de funcionários de loja, não escondeu o descontentamento com os rumos do comércio local. “Se você não tiver atrativo, não vai puxar a população, o comércio morre. A cidade está dopada, está faltando tesão, Mogi Mirim perdeu o tesão”, lamentou.

No Natal do ano passado, ruas ficaram desertas e movimento foi abaixo do esperado. (Foto: Ana Paula Meneghetti)

Metodologia
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan.  No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira.

O índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no país, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

A segunda edição da pesquisa começou a ser elaborada na última quarta-feira, nas ruas da cidade. O ICC será apurado mensalmente e o questionário que embasa a pesquisa será aplicado sempre no início de cada mês.

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