sábado, novembro 23, 2024
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Mogimiriano leva a arte pelo Brasil junto de companhia

Ele adentrou um ônibus e junto a uma companhia de teatro chamada Teatro de Tábuas, de Campinas, está viajando o Brasil para levar cultura para os diversos cantos do País. Seu nome é André Almeida, fundador e ator no grupo de teatro Cia. Imagem Pública e presidente do Conselho de Cultura de Mogi Mirim, que só irá terminar essa aventura em 29 de dezembro, após passar por 36 cidades e sete estados com a peça Auto de Natal.

Na companhia, Almeida está responsável pela montagem, desmontagem e operação da iluminação durante os espetáculos que acontecem em qualquer lugar da cidade e captura a realidade da cultura nos mais variados pontos do Brasil, que em muitos casos nem sabe o que é teatro.

Entre tantas experiências já vividas, Almeida relata o caso de Guilherminho, um garotinho que vive na Bahia e que conheceu antes de uma apresentação ser iniciada. “Me perguntou com esse sotaque tão interessante aqui desses lados. O que estava acontecendo ali, eu disse que seria uma apresentação de música, circo e teatro, Guilherminho me olhou por alguns instantes sem esboçar qualquer reação, quando solta a pergunta O que é Teatro?”, mencionou em sua rede social.

jacobina01 - Felipe Freitas
Montagem da estrutura para os espetáculos e operação das luzes são responsabilidade de André. (Foto: Arquivo pessoal)

Guilherminho é apenas uma das crianças do Brasil que não tem acesso à cultura em contraposição a outras realidades e municípios que, segundo Almeida, dão um show de referência. “Estou vendo essa viagem com outros olhos, percebo que a realidade da cultura nas cidades que estamos passando não é muito diferente da que estamos acostumados, mas existem exceções, cidades que deveriam ser tomadas como exemplo”, disse.

“Em Jacobina (Bahia) o próprio Secretário de Cultura estava trabalhando para que a apresentação acontecesse, espalhando cones de isolamento, ligando para o pessoal que desliga as luzes da rua, se certificando que a infraestrutura oferecida pela cidade estava de acordo ou não”, recordou.

De acordo com André, as diversas experiências estão sendo importantes para que ele reflita sobre uma nova forma de se trabalhar com as artes e servirão de base para sua atuação assim que voltar para Mogi Mirim.

“Acho que o mais importante será o ‘caminhar com as próprias pernas’, sem precisar depender de nada nem de ninguém para que nossos projetos aconteçam com sucesso, depender única e exclusivamente do nosso trabalho e esforço. Já seguíamos essa linha de raciocínio, mas nos últimos dois anos perdemos um pouco esse foco, que será retomado com muita força em 2014”, finalizou.

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