O assunto segurança pública é amplo e, sem dúvida, abrange diversas áreas, desde o aspecto social ao número de efetivo policial disponível e de frota nas ruas. No entanto, um recurso essencial e de relevante importância para o trabalho de investigação é o monitoramento da cidade por câmeras de segurança.
Não só na última edição de O POPULAR, no dia 10 de fevereiro, como também em outras publicações, foram reportados diversos casos de furtos, roubos a residências e comércios, inclusive com uso de armas de fogo e registro de agressões às vítimas. Em algumas ocorrências, por exemplo, a ação dos criminosos só foi registrada graças às câmeras de segurança particulares, que acabam contribuindo na identificação e localização dos suspeitos.
Em novembro do ano passado, as imagens de um veículo, captadas por câmeras particulares de monitoramento, ajudaram a Polícia Civil a prender dois homens como resultado das investigações relacionadas à morte do investigador Emerson Meschiari, de 45 anos, morto a tiros, durante um assalto, na tarde do dia 7 de agosto, uma segunda-feira. Meschiari foi atingido na entrada da agência bancária do Bradesco, localizada à Rua Padre Roque, na região central de Mogi Mirim.
Na época, o delegado seccional de Mogi Guaçu, José Antônio Carlos de Souza, afirmou que o ponto-chave das investigações foi a análise das imagens do monitoramento. Ele ainda chegou a declarar, durante entrevista à imprensa, que era imprescindível monitorar as saídas e entradas das cidades, o que vinha sendo reforçado, sempre que possível, em conversas com os prefeitos dos oito municípios da região. “Tem que virar um Big Brother”, destacou, na ocasião.
Além disso, volta e meia, a cidade vivencia uma cena de vandalismo. A prática não se restringe apenas às pichações de prédios públicos. Enfeites de Natal, imagem sacra e, recentemente, uma peça histórica, na Praça Rui Barbosa, região central, foram alvo da ação de vândalos. Na semana passada, o Conselho Municipal de Segurança (Conseg) apresentou, em audiência pública, uma alternativa, que exige baixo investimento, de monitoramento para Mogi Mirim.
A proposta é uma plataforma que reúne imagens das câmeras de estabelecimentos comerciais conectados a um sistema que pode ser acessado diretamente pela Guarda Civil Municipal (GCM). Diante da crise financeira da Prefeitura e da falta de um projeto para buscar recursos estaduais e federais, a ideia parece viável, uma vez que a empresa Camerite oferece o gerenciamento de 50 câmeras por R$ 1,6 mil mensais.
A partir disso, fica evidente que o monitoramento do município já passou da hora de ser colocado em prática. Uma ideia, que pode amenizar o problema, já foi lançada. O que as autoridades ainda estão esperando?