Químico, comerciante e ídolo mogimiriano no futebol. Faleceu na tarde de terça-feira, 9, Hugo Peres Stort. Com problemas cardíacos, Huguinho, como era chamado por muitos, de forma carinhosa, passou mal em uma consulta médica. Ele precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, antes de colocar um marcapasso, sofreu uma parada cardíaca, não resistindo e nos deixando, aos 74 anos.
O velório teve início na quarta-feira, 10, mesma data em que ocorreu o sepultamento, no Cemitério Municipal da Saudade. Hugo era casado com Sandra Maria Patelli Stort, pai de Fábio Patelli Stort e Letícia Patelli Stort e Veiga. Avô de Victória, Manuela, Eduardo, Enrico e Elis. Formado em química, começou a exercer o ofício que amava na fábrica de refrigerantes Stort, de larga tradição sob o comando de sua família.
Foi também o químico responsável no início da Empresa Elfen, que atua na área de saneantes e cosméticos. Ainda em vida, foi homenageado com a nomeação do Laboratório Hugo Peres Stort. Foi ainda dono da Palácio dos Esportes, ícone na produção e comercialização de materiais esportivos na cidade. Neste comércio, teve como sócio o irmão, Henrique Peres Stort. A eles ficou marcada, por décadas, a marca de camisas de futebol Hagas, que tanto vestiu os clubes da cidade, sobretudo, outra paixão de Hugo.
Apaixonado pelo Mogi Mirim Esporte Clube, começou a defender as cores do Sapão da Mogiana na década de 1960, tendo atuado também na década de 1970. Ao lado do irmão, Henrique, compôs o “Sapão 70”, um dos maiores times da história do futebol regional, campeão da Primeira Série da Terceira Divisão de Profissionais daquele ano.
A carreria no futebol não se restringiu ao Mogi. Antes, brilhou pelo Flamenguinho, um dos maiores formadores de talentos da cidade. Depois, ainda se destacou pela Caldense-(MG) e por dois rivais regionais: Cerâmica Clube, de Mogi Guaçu, e União Possense, de Santo Antônio de Posse. Ainda vestiu a camisa do Gazeta, de Campinas.
Lateral que também fez as vezes de zagueiro, volante e meia, ficou marcado pela elogiosa frase: “O craque que não quis ser”. Foi aprovado em teste no Santos FC. Poderia ter jogado no clube que quisesse! Porém, priorizou os estudos, depois os negócios e formou linda família e história aqui em nossa terra. Hugo apenas não quis ser dono da fama que os profissionais carregam. Craque? Foi, é e sempre será. Para a eternidade!