Pedra Furada, no Brasil existem várias. Em Urubici, Santa Catarina, tem duas; em Jericoacoara no Ceará, na Serra da Capivara no Piauí, enfim muitas outras. Hoje vamos tratar sobre a segunda de Urubici, já trouxemos a vocês a do Morro da Igreja, e agora é a vez do Morro do Campestre.
Localizada na BR 475, em terra, sentido Rio Rufino, 8 km do centro de Urubici, e você já chegou, impossível errar. O valor da entrada é R$ 5 por pessoa, pois está em área particular. Uma estradinha interna da fazenda te leva até próximo ao topo. Começa boa, depois vai piorando e a última parte não são todos os carros que sobem, bem íngreme para subir a pé, é bom tentar ir com o carro. Lá em cima você estaciona em um platô, pois o restante do caminho vai ser a pé mesmo. Sem choro. Ali a vista já começa a ficar muito bonita, pois você está a mais de 200 metros de altura da estradinha de acesso.
Subir cansa um pouco para os sedentários, para quem curte uma caminhada e com bastante água, sobe de boa. A trilha é tranquila, sem precipícios ou valas e o visual vai ficando cada vez melhor. A ansiedade de chegar ao topo vai aumentando.
Lá em cima você tem a primeira plataforma, exatamente onde está a Pedra Furada, ou seria uma montanha furada? É uma formação de calcário que com a ação das chuvas e dos ventos, e lá venta muito, vai aos poucos esculpindo a pedra e dando uma forma magistral ao local. Sentir a magia de lá é impagável, você quer observar, tirar fotos, filmar, ficar em silêncio. Na verdade, não sabe bem o que fazer. Todo o entorno da pedra é lindo. Mais pedras compõem o cenário, cada qual com sua textura diferente, muito verde, pássaros cantando, o som do vento. Tudo te cativa.
Com um pouco mais de adrenalina dá para subir até o topo da Pedra Furada, a trilha é um pouco mais difícil, mas é altamente recompensador; infelizmente nem todos conseguirão subir. O visual do topo é coisa de pintura de artista francês. Magnífico! De lá temos uma visão de 360° com todo o vale onde se destaca o rio Canoas, correndo lento, brilhando com o sol como pérolas em tecido azul.
Contemplar é a palavra-chave, lá você passa um bom tempo recarregando energias e não quer descer. Para um maior aproveitamento sugerimos levar, além de água, óbvio, algum alimento e passar mais tempo lá em cima, pois não tem estrutura alguma de apoio.
Sim, é um passeio meio que de aventura, mas não tão desafiador, com um preparo básico dá para ir sem problemas. Bom para crianças que se divertem na subida. Vale cada passo morro acima!
Erika Rodrigues e Marcos Leandro
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