sábado, novembro 23, 2024
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Morro do Pai Inácio – Chapada Diamantina, Bahia

Existem lugares que são sinônimos das cidades em que estão situados, por exemplo: Estátua da Liberdade, em New York; Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; ou até mesmo as Cataratas, em Foz do Iguaçu. O Morro do Pai Inácio é o ícone da Chapada Diamantina e lugar obrigatório para se visitar. É como ir para Orlando e não conhecer a Disney.

Deixando as belezas da Cachoeira do Mosquito para trás, fomos em busca do topo do Pai Inácio. Claro que começou a chover, mas, firmes e fortes, fomos em frente. O acesso ao parque se dá pela Rodovia BR-242, muito fácil de encontrar e está em um parque municipal, que cobra R$ 12 por pessoa, mas com estrutura de banheiros horrível. É melhor não precisar.
Subimos de carro até o acesso para a trilha, dali é na pernada mesmo. Pagamos e já ouvimos a recomendação de que a chuva estava vindo forte, é era bom que ela não nos pegasse lá em cima. Ok, devidamente aterrorizados, começamos nossa subida. Os primeiros metros são tranquilos, a inclinação é bem leve e a trilha aberta. Fácil de caminhar. Mas, logo em seguida, chega a parte de pedras, e elas te acompanham até o topo. São lisas e escorregam, são altas e irregulares, manter-se alinhado é difícil, mas o objetivo é maior, chegar no topo. Conforme você se aproxima, a inclinação aumenta e, com ela, a dificuldade, o que anima é que o topo está perto. Para a subida final você conta com o apoio de uma escada, muito bem feita, de degraus altos, que cansa, mas é melhor do que as pedras. Trinta degraus depois, você coloca seus pés no topo do Pai Inácio. A sensação é indescritível.
Lá de cima, a visão é divina, sim divina literalmente. Os morros que compõem a chapada se erguem como se apresentando para você. Uma paz de espírito toma conta de seu corpo. O silêncio impera. As reflexões de vida são inevitáveis. Aos poucos, pássaros que já se acostumaram com você começam a cantar. A atmosfera muda e vira uma sinfonia. O vento sopra forte, a chuva ameaça vir, mas você não quer sair por nada.
O topo do morro em si é formado por uma rocha tipo granito, de vegetação rasteira e é bem grande. Andar por ele é uma boa ideia, pois ele lhe dá uma visão em 360 graus daquele pedaço de chapada. Ver a chuva chegando é assustador, mas belo. As nuvens nos lembram que é hora de descer. Que pena. A descida é um pouco mais tranquila, porém também escorrega bem e é preciso ter cuidado. A trilha toda seja para subir ou descer não leva mais do que 15 minutos e o parque fica aberto para subida até as 16h. Ali é o mais próximo possível que você pode chegar do paraíso. Vá.

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

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