O motorista autônomo Bartô Gleniston Alves de Araújo, de 33 anos, foi preso na manhã de quinta-feira, 3, depois de ser denunciado anonimamente à Polícia Militar (PM). Segundo a denúncia, ele guardava drogas e munição restrita em uma van escolar, a qual também transportava crianças com idades entre seis meses e 12 anos.
O denunciante teria informado à PM, detalhes de onde a droga e as munições estavam escondidas e passado o endereço completo do suspeito. Imediatamente, a PM foi até a casa dele, no Jardim Bicentenário, e foi recebida pelo próprio Bartô Gleniston Alves de Araújo.
O autônomo teria autorizado a vistoria da PM em sua casa e em seu veículo, assim que foi informado sobre a denúncia envolvendo seu nome. Na casa, nada de ilícito foi encontrado. Porém, na van de transporte escolar, os policiais encontraram uma sacola de pano identificada com as inicias de uma facção criminosa, contendo 36 munições calibre 357 (destinadas à armas de uso restrito), 32 pedras de crack, R$ 62 em dinheiro trocado, um chip de celular, dois aparelhos telefônicos e uma agenda com anotações da contabilidade do tráfico.
Bartô Gleniston Alves de Araújo negou veementemente a posse da droga e das munições e, na delegacia, afirmou ter sido vítima de uma armação.
Alegação
O autônomo – que não possui passagem criminal anterior pela polícia – disse que nunca teve envolvimento com o tráfico de drogas ou quaisquer outros crimes. Ele argumentou ter sido vítima de uma armação por parte de um traficante que está preso.
Segundo Araújo, ele comprou a van de transporte escolar do traficante há cerca de oito meses e, há aproximadamente seis meses, passou a fazer o transporte de crianças de seis meses a 12 anos nas linhas das Piteiras, Jardim Planalto e Parque das Laranjeiras.
Na negociação da compra da van, no entanto, teria ficado acertado que o traficante acertaria a documentação do veículo de transporte escolar e que Araújo pagaria pelo novo documento de um Fiat Stilo, quando de seu licenciamento.
Na semana passada, Araújo alegou que um porta voz do traficante preso o procurou para acertar R$ 1,6 mil – valor referente ao licenciamento do Stilo negociado na troca pela van. No entanto, Araújo teria dito que não tinha o dinheiro naquele momento e teria sido ameaçado pelo porta voz. Por isso, ele acredita ter sido vítima de uma armação para incriminá-lo.
Mesmo com as alegações apresentadas, Bartô Gleniston Alves de Araújo foi autuado em flagrante. Ele foi encaminhado à cadeia de Itapira, onde permaneceu à disposição da justiça.