Motoristas de vans escolares promoveram um buzinaço na manhã de segunda-feira pedindo a regulamentação da profissão e melhores condições de trabalho em Mogi Mirim. A concentração teve como ponto de encontro o Espaço Cidadão, à Avenida Adib Chaib, local em que os motoristas partiram em carreata por diversas ruas do Centro, entre elas a Praça Rui Barbosa e Rua Dr. José Alves, onde fica localizada a Prefeitura. O protesto reuniu 20 vans e teve cerca de uma hora de duração.
Todo o trajeto foi acompanhado por um carro de som, que além de informar as reividicações dos motoristas, convocava a população para comparecer à sessão dos vereadores na Câmara Municipal. Na ocasião, o presidente da Associação dos Condutores de Transporte Escolar de Mogi Mirim e da Baixa Mogiana, Edgard José Pires Ávila, discursou na Tribuna Livre, onde mais uma vez pode passar para os vereadores todos os pedidos dos motoristas.

Além da regulamentação da profissão, eles desejam a colocação de faixas de embarque e desembarque nas portas de escolas e a diminuição no valor das vistorias, realizadas anualmente e pedida em lei para a circulação dos veículos. As vistorias são feitas tanto no Ciretran de Mogi Mirim como na Ceitec, em Mogi Guaçu.
Nas duas cidades, o preço varia entre R$ 170 e R$ 106, considerados altos pelos motoristas. Eles comparam com grandes centros, como Campinas, onde a vistoria feita pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) custa R$ 38. “Queremos diminuir o valor, sabemos que tem que fazer (a vistoria), mas o problema é o valor. Se não fazemos, param e guincham a van”, disse o presidente.
Paradas
Problemas de infraestrutura em relação ao local de parada em portas de escolas é outro motivo de reclamação. Aliado a isso, eles criticam a falta de colaboração de outros motoristas. “Já cheguei a parar um quarteirão de distância da porta da escola e levar as crianças. É complicado”, destacou Jéfferson Nunes, motorista que atua de segunda a sexta-feira no transporte.
“O pior é com a segurança das crianças, não tem onde estacionar”, reforçou Cíntia Freitas, que trabalha junto com Jéfferson.
Edgar corrobora com eles e aumenta a lista de reclamações. “Não tem lugar para embarcar e descer. Há lugares que nem enxergamos a faixa”.
Os motoristas reclamam também da nova secretaria de Segurança e Defesa Social, departamento que responde pela gerência de Trânsito e Transportes, Beatriz Gardinali, que teria prometido soluções, mas nenhuma tomada até o momento.