sábado, novembro 23, 2024
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Em crise: Ministério Público estuda possível intervenção na Santa Casa

Depois de greve médica e ameaças de paralisação, a Santa Casa pode sofrer uma segunda intervenção. A primeira ocorreu em agosto de 2012, também no governo de Carlos Nelson Bueno. O Ministério Público (MP) local começou a estudar a possibilidade de intervenção judicial após receber um ofício do hospital, na sexta-feira, informando sobre a decisão de interromper momentaneamente, a partir de sábado, o atendimento de cirurgias, exames e internações eletivas, bem como a transferência de pacientes à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo).

Com dificuldade financeira, hospital disse que faltam materiais básicos e algumas medicações (Foto: Arquivo)
Com dificuldade financeira, hospital disse que faltam materiais básicos e algumas medicações (Foto: Arquivo)

Em nota, assinada pelo diretor técnico, Ricardo Fazani, a Santa Casa explicou que o motivo dessa suspensão é a falta de materiais básicos e algumas medicações, para o tratamento adequado, por conta da dificuldade financeira que a instituição atravessa. A recomendação é procurar outro hospital. Só os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos.

“Com o intuito de não submeter a riscos os pacientes já internados neste hospital, bem como garantir o acesso e tratamento aos usuários que procuram o hospital em situação de urgência ou emergência, decidimos interromper o atendimento dos procedimentos eletivos em todos os setores”, esclareceu Fazani.

Segundo o promotor de Justiça Rogério Filócomo, caso não haja a decisão da Prefeitura pela intervenção administrativa, a Promotoria não descarta a possibilidade de entrar com uma ação civil pública para o juiz nomear um interventor, que passará a cuidar das questões administrativas da Santa Casa. Nesse caso, Filócomo deve indicar a própria secretária de Saúde, Rose Silva, para assumir essa função.

A Prefeitura e o hospital já foram notificados pelo MP e terão, respectivamente, 48 horas e dez dias, para se manifestarem a respeito do assunto. Mesmo com os repasses municipais e federais em dia, o promotor criticou a postura do Poder Executivo, e também da Santa Casa, que deve atuar como fiscalizador dos recursos. “Falta de espírito público”, declarou.

A situação em Mogi Mirim foi relatada em uma carta pela responsável técnica da UTI Neonatal e enviada ao Conselho Regional de Medicina (Cremesp), Promotoria de Justiça e Secretaria Municipal de Saúde. A Prefeitura já adiantou à reportagem que não tem a intenção de intervir e nem condições de assumir a Santa Casa.

Desligou
Em meio à crise, o provedor da Santa Casa, Dilson Wagner Guarnieri, renunciou  ao cargo na sexta, dia 31. Procurada por O POPULAR, a Assessoria de Comunicação da Santa Casa afirmou que a renúncia de Guarnieri foi uma opção pessoal, tomada em comum acordo com a Mesa Diretora do hospital.

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