sexta-feira, abril 18, 2025
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Bem Estar Animal e Prefeitura estão sob investigação do MP

A Promotoria de Justiça abriu um inquérito civil para apurar irregularidades no trato de animais em situação de rua. A Prefeitura de Mogi Mirim e o departamento do Bem Estar Animal (BEA) são os alvos da investigação. A denúncia chegou ao Ministério Público (MP) local por meio de representação da advogada Silvana dos Santos Dimitrov. De acordo com o documento, o Município não vem prestando seu trabalho como defensor dos direitos dos animais, principalmente daqueles em situação de rua. Os serviços prestados pelo BEA foram apontados como insatisfatórios.

Denúncia ainda aponta que serviços prestados pelo abrigo municipal não estão satisfatórios (Foto: Ana Paula Meneghetti)
Denúncia ainda aponta que serviços prestados pelo abrigo municipal não estão satisfatórios (Foto: Ana Paula Meneghetti)

Diante das falhas, a promotora de Justiça Paula Magalhães da Silva Rennó expediu um ofício endereçado ao Governo Municipal para que informasse as medidas que vinham sendo tomadas. No entanto, segundo o MP, o secretário interino de Sustentabilidade Ambiental, Wilson Rogério da Silva, limitou-se a afirmar que “as denúncias noticiadas serão objetos de novas vistorias para a adoção das providências cabíveis no que diz respeito às atribuições do Bem Estar Animal”.

O abrigo, antes administrado pela ONG Vida, foi assumido pela Prefeitura e, desde então, os animais estão sob a tutela do BEA. Em setembro do ano passado, O POPULAR publicou uma reportagem na qual uma outra denunciante relatava o descaso da Administração Municipal com relação aos cães. Segundo ela, faltavam medicamentos, a ração era de má qualidade e o local aparentava estar abandonado.

A Lei Estadual nº 11.977, de agosto de 2005, que institui o Código de Proteção aos Animais do Estado, determina que os Municípios mantenham programas permanentes de controle de zoonoses, através de vacinação e controle de reprodução de cães e gatos, ambos acompanhados de ações educativas para propriedade ou guarda responsável. A mesma lei ainda veda qualquer atividade capaz de causar sofrimento ou dano aos animais e proíbe que os mesmos sejam mantidos em locais desprovidos de asseio.

O Executivo foi notificado e deverá responder aos questionamentos do MP em até 20 dias. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) também foi oficiado para que apresente o relatório de vistoria realizado nas dependências do BEA dentro do mesmo prazo. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, que não se manifestou a respeito do assunto até o fechamento da edição de sábado. Na manhã desta segunda-feira, a Administração informou que já recebeu a notificação a respeito do inquérito e disse ainda estar dentro do prazo dado pelo MP para formalizar a defesa.

 

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