O novo secretário de Governo, Jonas Alves Araújo Filho, tem uma árdua e ingrata missão pela frente. Acalmar e conviver com os ânimos de uma equipe, que ele mesmo assume ainda não estar unida, como deve ser, para colocar em prática o que foi pensado desde antes das eleições. Além disso, somam-se ainda as divergentes visões políticas que podem dificultar, e muito, um trabalho harmonioso.
Fato é que, todas essas mudanças de troca de secretariado só postergaram ações efetivas para consolidar algo que, em um ano e meio, já era para caminhar com certa naturalidade. Foram inúmeras trocas desde que a equipe de Stupp assumiu o mandato: Educação, Saúde, Cultura, Sustentabilidade Ambiental, Mobilidade Urbana, dentre outras.
Jonas tem experiência de Legislativo e de Executivo que certamente irão ajudá-lo a atravessar as adversidades. Na verdade, desde o início o ex-vereador vem atuando como braço direito de Stupp e, agora, assume um cargo de extrema confiança.
Em entrevista ao O POPULAR nesta semana, ele foi claro e certeiro ao afirmar que Gustavo Stupp (PDT) se ausentou quando sua presença era fundamental na tomada de decisões. Sem experiência de Executivo, o responsável pela cadeira deixou que o substituíssem por diversas vezes, o que não funcionou como o esperado.
Com autonomia na medida certa, agora sim, será possível caminhar com maior tranquilidade. Profissional e competente, Gerson Rossi Junior começou o mandato suprindo ausências, tendo passagens por diversas secretarias e finalmente se encontrou na Saúde, onde vem desempenhando um papel importante para a implantação de novas propostas.
A saída de Gerson da Secretaria de Governo, que teria acontecido de forma espontânea, confirmou o compromisso do vice-prefeito em não deixar a função que assumiu em dezembro, como secretário de Saúde. A área passa por uma de suas fases mais complicadas, já que a contratação de profissionais pelo Consórcio de Saúde vem sendo questionada judicialmente pelo Ministério Público, com base em denúncias da oposição.
Soma-se ainda a indefinida inauguração do Pronto Atendimento Integrado (PAI) na zona Leste, que deve ser transferido de onde atende atualmente, no prédio da Santa Casa de Misericórdia, onde é chamado de Unidade de Atendimento Não Agendado (Uana). Como não poderia deixar de ser, os grupos oposicionistas também questionam, não somente a decisão, mas implicitamente, todo o sistema de saúde, já que identificaram se tratar de uma área em que as pesquisas apontam grande rejeição por parte da população.
O que resta agora, com mais essa mudança, é que a equipe de Stupp foque nas prioridades e fazer aquilo que em um ano e meio ainda não caminhou como deveria. Ademais, identificar as falhas, até mesmo na própria equipe de governo. Só assim as ações começarão a resultar em benefícios para a população.