Após a visita da juíza da Vara da Infância e da Juventude, Cláudia Regina Nunes, à unidade de internação da Fundação Casa em Mogi Mirim, no início do mês, a entidade está fazendo modificações para coibir rebeliões no local. Na primeira visita, a juíza comunicou por meio de nota enviada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia ameaçado interditar o local caso os tumultos não cessassem.
Segundo a assessoria do TJ-SP, na última sexta-feira ela esteve novamente na unidade, acompanhada do promotor de justiça da Vara da Infância e da Juventude, Gabriel Guerreiro, e do presidente da OAB-Mogi Mirim, André Aparecido Barbosa.
No encontro foi verificado que, apesar dos estragos feitos pelos adolescentes durante as duas rebeliões, a Fundação já iniciou as reformas e prometeu providenciar a chegada de nove funcionários até o final da semana.
Segundo informações do TJ-SP, os jovens estavam bem, em seus quartos, tomando café e nenhum fez nenhum tipo de reclamação para a juíza, promotor e presidente da OAB.
O tribunal informa que, para a juíza, se a Fundação Casa cumprir o prometido, ou seja, reforço com mais funcionários e reforma do que foi destruído, não haverá necessidade de interdição judicial da unidade.
De acordo com a Fundação Casa, as dependências do local estão sendo reformadas, devido ao estrago feito nas três rebeliões. Após a última, em 14 de janeiro, foram danificadas quase 70 cadeiras, mesas de refeitório, estantes, armários e eletrodomésticos. Além da reforma no ambiente, a Agenda Multiprofissional também está sendo reformulada, de modo que a rotina do centro está sendo restabelecida de maneira coesa e segura.
A entidade informa também que os jovens que foram identificados como agitadores dos tumultos foram transferidos para outras unidades, e que novos funcionários já estão sendo capacitados para trabalhar no local.
Os cinco funcionários que foram feitos reféns durante as rebeliões continuam trabalhando no local, e estão recebendo tratamento médico e psicológico.
Além das mudanças feitas pela Fundação, a corregedoria da entidade e o Poder Judiciário estão investigando as ocorrências.