Uma mulher foi baleada em uma propriedade rural, na região das Chácaras Sol Nascente, na tarde da última quarta-feira. O próprio companheiro, um ajudante de pedreiro de 40 anos, é acusado de ter feito o disparo, após uma discussão entre o casal. A vítima, a ajudante geral Fernanda Aparecida Gomes Ferreira, de 40 anos, foi socorrida até a Santa Casa de Misericórdia, onde permaneceu internada até sábado. José Raimundo Bento da Silva, que fugiu logo após o ocorrido, foi indiciado por tentativa de homicídio simples.
De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais militares foram acionados, por volta das 14h50, até um sítio, assim que receberam a informação de uma pessoa atingida por disparo de arma de fogo. No local, os PMs apuraram, por meio do depoimento de uma testemunha, que a ajudante teria sido alvejada pelo parceiro na região peitoral.
A briga começou, conforme relato da testemunha, depois que o homem tomou o telefone celular de Fernanda. Ela tentou pegar o aparelho das mãos de Silva quando o casal acabou entrando em luta corporal. Em seguida, o companheiro teria sacado um revólver e efetuado um disparo contra a mulher. O ajudante de pedreiro deixou o local às pressas, fugindo com o veículo da vítima, um Ford Fiesta, prata, com placas de Mogi Mirim. Ele foi localizado e preso na noite de sexta-feira, dia 26, na cidade de Artur Nogueira.
No hospital, uma outra testemunha, que ajudou a socorrer Fernanda, confirmou aos policiais a primeira versão apresentada dos fatos. A vítima, em contato com os PMs, contou que teve um desentendimento com Silva, com quem convive há quase 20 anos, por motivos de trabalho. Ela disse que tentou deixar o local, mas ao ser impedida pelo companheiro, os dois acabaram se agredindo.
A reportagem de O POPULAR levantou que ambos trabalham e residem na propriedade há 7 anos. O casal tinha retornado do almoço para retomar as atividades na baia dos porcos no momento em que houve a briga e, na sequência, o disparo da arma. A ajudante também afirmou que o companheiro, nervoso, sacou a arma de fogo mediante uma provocação sua, dizendo que ele não teria coragem de atirar. A perícia não esteve na propriedade porque a baia onde o disparo ocorreu não foi preservada, uma vez que os funcionários teriam limpado o espaço.
Por ser um lugar de difícil acesso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou 40 minutos para chegar ao endereço. Por isso, a ajudante foi levada pelos próprios moradores para o hospital. Na Santa Casa, os policiais militares tiveram conhecimento de que a vítima estava com a bala alojada no tórax, contudo, não corria risco de vida. O caso foi registrado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
