Uma mulher de 51 anos foi vítima de picada de cobra esta semana, na zona rural de Mogi Mirim. Maria Ivone Marcelino foi picada no pé direito por uma cobra venenosa e, desde terça-feira, está hospitalizada. Ela já recebeu o soro antibotrópico pentavalente no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e, na última quarta-feira, passou por procedimento cirúrgico para tentar retirar o veneno do organismo.
O caso foi registrado na manhã de terça-feira, 11, quando Maria Ivone Marcelino e o marido Marcos caminhavam por uma estrada rural, localizada no sítio Palmeira, no distrito de Martim Francisco. O casal seguia em direção à casa do sítio quando a cobra saiu do meio de um matagal e atacou a mulher.
Maria Ivone foi picada no calcanhar do pé direito e, imediatamente, passou a apresentar sintomas de envenenamento. O marido dela matou a cobra e seguiu com a esposa por aproximadamente 300 metros até sua casa, até acionar os bombeiros para que fosse feito o resgate.
Quando os bombeiros chegaram para resgatar Maria Ivone, ela já apresentava dor de cabeça muito forte e hipertensão arterial, uma vez que o veneno da cobra atacaria diretamente o sistema nervoso central da vítima.
Imediatamente, os bombeiros comunicaram a Santa Casa sobre o estado da paciente que estava chegando na emergência para que o soro antibotrópico pentavalente fosse providenciado. No entanto, a Santa Casa não tinha o soro e Maria Ivone precisou ser transferida para o HC da Unicamp que é referência regional nesse tipo de tratamento, e tem todo o aporte necessário.
Na própria terça-feira ela recebeu o soro e na quarta passou por um procedimento cirúrgico para tentar retirar o veneno da cobra de seu organismo. “A perna direita toda dela ainda está muito inchada, mas os médicos me disseram que ela já não corre mais risco de morte”, disse o marido de Maria Ivone por telefone a O POPULAR.
A cobra
Marcos, o marido de Maria Ivone, contou à reportagem de O POPULAR que, inicialmente, a cobra que picou sua esposa foi identificada como sendo uma Jararaca. Porém, posteriormente, ele levou o animal já morto até a Unicamp e a equipe médica de lá confirmou que não se trata de uma Jararaca, e sim de uma Urutu.
A Urutu é uma cobra peçonhenta da mesma família da Jararaca. Ela pode chegar até a 1,5 metro. Esta é uma das serpentes que produz maior quantidade de veneno, e seu veneno é necrosante, hemorrágico e coagulante.