A tão aguardada municipalização da merenda escolar em Mogi Mirim, adiada por inúmeras vezes pelo Poder Público, enfim, poderá começar. Publicado no Diário Oficial do Município, o edital de três pregões presenciais convoca empresas interessadas para o fornecimento de carnes, embutidos, gêneros alimentícios, sejam estocáveis ou resfriados e hortifrutigranjeiros. Os envelopes serão abertos nos dias 10, 11 e 12 de novembro, respectivamente, a partir das 9h, na Secretaria de Suprimentos e Qualidades. Caso não ocorra irregularidades entre as concorrentes, a expectativa é de que em 15 dias tudo esteja acertado e a municipalização comece nos Centros Educacionais de Primeira Infância (Cempis) em dezembro, antes do término do ano letivo, programado para o dia 18.
Caso o prazo não seja alcançado, a intenção da secretária de Educação, Márcia Róttoli, é dar início ao projeto em janeiro, no retorno dos alunos aos Cempis. A última projeção para o começo do trabalho era outubro, conforme divulgado pelo Executivo em julho.
“O financeiro está fazendo a cotação para a contratação de 25 merendeiras porque se nós conseguirmos colocar no orçamento do ano que vem, vamos municipalizar todas (as escolas). Os Cempis já são certeza”, disse Márcia.
A secretària afirmou ainda que tinha como desejo introduzir nas escolas o sistema self-service para as crianças, entretanto o alto custo, o que encareceria o edital, pesou para o veto da ideia, que em um segundo momento, poderá ser colocada em prática.
Não existe uma previsão para que a merenda começe nas Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs).
“Professores dos professores”
Márcia esclareceu ainda o remanejamento das aulas de informática na rede municipal em 2016, motivo de críticas nas últimas semanas. Segundo ela, os professores não serão monitores, como cogitado anteriormente por diretores de escolas e os próprios profissionais.
As aulas de informática passarão a ter um sistema interdisciplinar. Um dos objetivos é fazer com que a rede, como o ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, atinja as metas estabelecidas pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp).
“Eles (alunos) vão aprender a matéria na aula de informática usando a ferramenta da informática. Não precisamos de aluno para aprender a entrar em site de joguinho, eu preciso de aluno que saiba usar o computador para o aprendizado dele”, ressaltou.
Os professores terão papel de maior importância, segundo a secretária. “Não serão só professores dos alunos, serão professores dos professores”, completou.