Em 1766 foi realizado um censo demográfico da Capitania de São Paulo, que então estava composta por uma cidade, 13 vilas e sete freguesias. Umas das razões desse recenseamento era para saber o número de homens adultos aptos a integrar futuras corporações militares.
Portugal estava preocupado com as constantes invasões espanholas em território brasileiro, principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul, e que poderiam acontecer também em São Paulo, podendo pôr em risco a soberania do Brasil e do Reino de Portugal. De posse desses dados da população, o governo português passou a criar forças militares na capital e nas vinte vilas e freguesias então existentes no território paulista.
Os Ofícios de Lisboa
O vice-rei, Conde de Bobadella, enviou ao governador paulista Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão o seguinte ofício. “Preparar a maior quantidade de gente com armas e o que for possível para conter as invasões que podem acontecer por nossos poderosos inimigos”.
A resposta do governador paulista: “Que obstáculos podem haver para se fazerem fundações de vilas como estratégia?” Esse ofício claramente vem de acordo com a tese de que o município de Mogi Mirim foi criado por motivos estratégicos anos depois, em 1769.
A escolha de Mogi Mirim para sediar um novo município deveu-se principalmente ao fato de nossa cidade possuir três grupos militares, criados em 1751 e quando Mogi Mirim foi fundada oficialmente. Naquele ano existiam um Regimento de Cavalaria, com 44 soldados, Regimento de Infantaria, com 42 integrantes, e um Regimento de Granadeiros, com 57 soldados, todos sob o comando do capitão André Cerdeira da Lacerda. Demonstrativo da importância de Mogi Mirim naquela época.
Armas e Munições
Em 2 de setembro de 1765, o rei de Portugal enviou, através do Conde de Bobadella, outro ofício. “Armas que remeto para as companhias de Mogi Mirim: 400 pederneiras, bandoleiras, dois barris de pólvora, 2000 cartuchos de espingarda, além do que vão mais armas que devem ser entregues às ditas companhias”.
E a resposta do governador da Capitania de São Paulo foi: “Não é preciso encarecer a utilidade dessas armas, para segurar nossos serões e constituirmos uma barreira para que não se adiantem sobre eles os nossos vizinhos”.
Preceitos Bíblicos
“Como o forno prova os vasos do oleiro, assim o homem é provado em sua conversa. O fruto revela como foi cultivada a árvore e a palavra mostra o coração do homem”. (Eclesiástico 27, 6)
Túnel do TEMPO
Em 30 de janeiro de 1941 foi instalada na Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim, a Maternidade D. Carmela Dutra, contendo duas enfermarias e sala de operação. O ato de inauguração contou com a presença do Marechal Eurico Gaspar Dutra e sua esposa, dona Carmela, além de outras autoridades.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
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