sábado, novembro 23, 2024
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Município perde 45% da água captada, afirma presidente do Saae

Em audiência pública, realizada na noite de quarta-feira, na Câmara Municipal, o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), Luciano Lopes, apresentou o Plano de Perdas da autarquia e destacou que Mogi Mirim desperdiça 45% da água captada devido a vazamentos na rede.

Audiência, realizada na noite de quarta feira, na Câmara, contou com pouco mais de 20 pessoas (Foto: Ana Paula Meneghetti)
Audiência, realizada na noite de quarta feira, na Câmara, contou com pouco mais de 20 pessoas (Foto: Ana Paula Meneghetti)

Segundo Lopes, os maiores índices de vazamentos foram identificados na área central da cidade e também nos bairros Parque das Laranjeiras, Parque da Imprensa e Santa Cruz. As causas estão relacionadas ao excesso de pressão, idade e material das redes, qualidade do serviço na execução da rede e do reparo realizado.

A audiência foi conduzida pelo vereador Luiz Guarnieri (PT). O presidente foi convocado por meio de um requerimento do vereador, aprovado por unanimidade na sessão de Câmara do dia 22 de junho. Pouco mais de 20 pessoas acompanharam a apresentação, entre elas os vereadores Dayane Amaro (PDT), Cinoê Duzo (PSD), Jorge Setoguchi (PSD), Daniel Gasparini dos Santos (PV), Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB) e Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB), além do diretor de gestão administrativa e financeira do Saae, Evandro Trentin, o ex-presidente da autarquia, durante o governo Paulo Silva, Neiroberto Silva, e outros funcionários.

Para Lopes, essa perda deveria ter uma atenção maior por parte da Prefeitura. “Se eu fosse gestor, investiria esse valor de 10% do PAC no Plano de Perdas”, afirmou. A contrapartida de 10% para o financiamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será destinada à construção de nova adutora de água bruta e está entre um dos investimentos, que somam R$ 1 milhão, apontados pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ) como justificativa para o reajuste de 17,67% nas tarifas de água e esgoto.

Mesmo com o aumento das tarifas, o presidente reforçou que a situação financeira do Saae está ‘no limite’. “Teremos que manter as contas no cabresto para fechar o ano bem. Qualquer desequilíbrio e podemos fechar o ano no vermelho”, declarou.

Privatização
Embora a pauta da reunião tenha sido o Plano de Perdas, o assunto da possível concessão do Saae também foi abordado. A tucana Maria Helena fez um apelo aos técnicos da autarquia, pedindo que “segurem a onda prefeito” quanto a conceder o serviço à iniciativa privada.

O ex-presidente Neiroberto aproveitou o gancho para criticar o Plano Municipal de Saneamento Básico, aprovado pela Câmara no ano passado, apontando falhas na elaboração e na falta de projeções para o futuro.

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