quarta-feira, setembro 18, 2024
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Musicalização infantil, arte que ajuda no desenvolvimento

Imagine se pudéssemos soltar as crianças no “mundo da música” para que elas conheçam os instrumentos, as notas musicais, todos os ritmos e timbres. É isso que acontece quando uma criança faz musicalização infantil, que não deve ser confundida com aula de música, ok? Os termos se diferem, pois quando se faz aula de música há foco em um único instrumento, que é o que não acontece na musicalização, onde a criança tem a oportunidade de se relacionar com as mais variadas expressões musicais e ter a opção de escolher aquilo que lhe faz bem e mexe com seus sentimentos. Seria a mesma coisa de forrar uma mesa com frutas variadas e deixá-la sentir o sabor de cada, antes de você achar que ela só irá gostar de morango, por exemplo.

“A musicalização é uma miscelânea, o termo é bem antigo, mas as pessoas confundem bastante com aula de música. Mas a procura tem sido muito grande”, disse Ingrid Ferreti, sócia-proprietária da Laff, escola de música, que fica em Mogi Mirim.

A pequena Isabela Davanço Frade, de três anos e meio, é uma das alunas da Laff. “Queríamos preencher todo o espaço dela e como ela gosta muito de música trouxemos para a escola. No começo achamos que era algo mais de brincadeira, mas já percebemos que ela está muito mais dócil”, contaram os pais Josué Antonio Corrêa Júnior e Monique Davanço Frade Corrêa.

Na escola, a musicalização é feita com crianças entre três e dez anos. Porém, há locais em que a música já é inserida bem mais cedo, como é o caso da escola Sapequinha, que desde que foi criada, há 35 anos, tem a musicalização em sua grade de disciplinas.

Na escola quem dá aula para as crianças é a professora Graciela Bertoni. Lá desde um aninho as crianças são inseridas no ambiente musical que, de acordo com ela, traz muitos ganhos para a memória, ritmo, fala, concentração, coordenação e até pode fazer a sensibilidade aflorar. Fora isso, durante as aulas, quando feitas em conjunto, as crianças também aprendem a compartilhar os instrumentos, lição que será levada por toda a vida. “A música só traz benefícios, ela pode desde acalmar até despertar”, destacou a professora de musicalização infantil da Sapequinha, que também tem uma escola de música na cidade, a Central Music, na qual também ministra o curso, mas de maneira individual. “A música cria uma disciplina implícita, a criança vai ficar mais atenta, vai trabalhar o psicomotor. Fora que tem aluno que já tem talento e vai começar a lapidar”, destacou Ingrid.

A sócia-proprietária da Laff também explicou que não há regras para que a criança siga com a musicalização. Ou seja, pode ser que em questão de meses um instrumento já seja seu preferido, quando é possível encaminhá-la para outra fase da vida, quando fará, então, as aulas de música. “Fazemos estimativas, pode ser que a Isa (Isabela, aluna da Laff) fique com o teclado, já está dando para notar que ela gosta mais”, disse Ingrid.

Questionada, se gosta mais dos sinos ou do teclado, a resposta foi única. “Do teclado”, disse Isabela. Ou seja, ela está testando, aprendendo e tendo a oportunidade de escolher o som que mais lhe agrada.

 

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