Anunciado em julho deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde, o mutirão de cirurgias de catarata foi realizado sexta-feira, 9, e sábado, 10. A ação foi na Santa Casa do município, onde 175 pacientes, que há tempos esperavam pelo procedimento na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), finalmente foram atendidos, o que resultou em 350 procedimentos que incluíram, além da cirurgia, uma nova consulta, pós-consulta, exames e distribuição de um kit com lentes, colírio e óculos para cada um dos pacientes.
O mutirão teve um custo de R$ 350 mil, valor destinado pelos vereadores Dirceu da Silva Paulino (Solidariedade) – R$ 200 mil – e Marcos Paulo Cegatti (PSD) – R$ 150 mil – que foram atendidos com emendas por deputados de seus partidos. Para os pacientes, foi o fim de uma longa espera.
“Eu tive descolamento de retina, o que desencadeou a catarata em mim, e eu estava esperando a cirurgia há mais de um ano e estava muito preocupado porque eu já estava correndo o risco de perder a minha habilitação”, compartilhou o operador de empilhadeira, Odair José Teixeira, de 38 anos.
Já o paciente, José Emílio Alves Braz, de 69 anos, contou que as tarefas mais simples do dia a dia estavam difíceis de serem feitas por conta da vista esfumaçada e falou sobre o sentimento de alívio ao saber que finalmente seria operado. “Eu estava esperando há cerca de dois anos e sinceramente pensei que isso não aconteceria, tanto que cheguei a cotar uma cirurgia particular, mas é muito caro, cerca de R$ 6 mil por olho e eu vou operar os dois olhos”, finalizou.
Confusão
Se as cirurgias foram um sucesso, o mesmo não pode ser dito do pós-cirúrgico. Uma multidão lotou o antigo gripário da Santa Casa para fazer a avaliação pós-cirúrgica na tarde de segunda-feira, 12. Houve revolta com a demora e confusão no atendimento. Muitos reclamaram da desorganização para a avaliação médica e da longa fila para fazer o cadastramento.
O administrador da Santa Casa, José Carlos De Carli Júnior afirmou que o tumulto foi causado por um erro da empresa que organizou o mutirão, já que os exames deveriam ter sido marcados em dias e horários alternados, e não num único dia e no mesmo horário. Num próximo mutirão, a empresa agendará no máximo 12 consultas por hora.
