Advogar é uma missão. No caso de Gustavo Antonio Tavares do Amaral, ela sempre esteve ali, guardada em um espaço que enxergou após outras experiências. Nascido em 21 de novembro de 1978, o mogimiriano sempre foi comunicativo e interessado em leitura. Porém, com o tempo, se tornou técnico em contabilidade. Foi até estagiário no Banco do Brasil. A questão é que a tal missão, em certa hora, fala mais alto.
“Percebi que eu gostava mesmo era de me expressar, opinar e, sobretudo, defender um ponto de vista. Até que um dia, chegou então o momento de decidir que curso superior eu queria fazer. Não tive nenhuma dúvida, ingressei no curso de direito”. Em poucos meses ele sabia que estava no lugar certo. Exercer a advocacia era o que Gustavo queria e a convicção de que pertencia àquele lugar foi determinante.
“Ainda durante o curso, fui estagiário dos já falecidos advogados Douglas Nilton Whitaker e Rubem Jose Battaglini, os quais aprendi bastante e sou muito grato”. Sim, o reconhecimento a quem abre portas é uma virtude vital para qualquer profissional. No direito, não é diferente. “Destaco que, além do apoio de meus queridos pais, sempre me inspirei na sólida carreira de meu tio e “segundo pai”, o advogado José Carlos Tavares, carinhosamente conhecido como Alemão, o qual, embora atualmente aposentado, milita juntamente comigo e outros colegas no escritório Tavares & Amaral Advogados”.
Após cinco anos de estudos, se formou em 2003 na Faculdade de Direito de Espírito Santo do Pinhal. O aprendizado teórico foi enriquecido por anos de prática. Em seu escritório, que possui uma diversidade de segmentos, apresenta uma preferência: a criminal. “Considero não só toda a matéria relacionada à área muito interessante, mas também entendo que o valor humano e a liberdade se tratam de bens mais do que preciosos do ser humano”, frisou Gustavo.
A defesa não é um mero cumprimento de obrigação. É ideal. Como diversos colegas de área, Gustavo enaltece direitos plenos conquistados pelo cidadão. “A defesa do réu é garantida pela Constituição Federal, ou seja, sem defesa, qualquer julgamento é nulo. Mas, além disso, entendo que o papel do advogado no patrocínio de uma causa criminal é muito mais do que tal obrigatoriedade. Penso que advogar é tornar um julgamento justo, seguro, e, sobretudo é buscar a certeza e a verdade real dos fatos. Até porque, é muito MAIS JUSTO absolver um culpado do que condenar um inocente”.
É a tal história. A alguém que carrega a arma do direito em seu punho, a atração não é pela óbvia síntese do que a justiça. Gustavo se considera fascinado pela oportunidade de auxiliar as pessoas a encontrarem o que se entende por um ideal de justiça. São esses desafios que tornam a profissão de advogado tão prazerosa”.
E, convenhamos, unir ofício a prazer é uma combinação para poucos. Ao ser questionado sobre o que é ser advogado para ele, a resposta vem com o mesmo embasamento que se coloca em um processo. “Ser advogado é muito mais do que conhecer leis, doutrinas, jurisprudências e procedimentos. É sinônimo de estudo, trabalho, paciência, perseverança, criatividade, destemor, coragem, humildade e de saber ouvir”.
Neste mundo moderno, dependente de segurança jurídica, a carreira é promissora. Mas, jovens que sonham ingressar em tal ofício, estejam atentos a uma voz que conhece bem a área. “Para ser um bom profissional é preciso desenvolver sua capacidade técnica em conjunto com as relações humanas. Também é necessário manter uma postura condizente com as expectativas de eficiência e comprometimento para com seus clientes, o Direito e a Justiça. Deve ter um perfil organizacional e um constante exercício de adaptação e flexibilidade comportamental. Em remate, há de demonstrar efetivo comprometimento com os preceitos éticos, inclusive para com os colegas de profissão”.
E não se apeguem aos requisitos formais mínimos. A graduação e a aprovação no exame da Ordem são itens obrigatórios, como também há outras verdades ‘com trânsito em julgado’. “Ser advogado de alguém é uma tremenda responsabilidade, conquanto que, não raras vezes, aquele processo ou inquérito no qual você representa os interesses da pessoa pode significar tudo para ela, de modo que, apesar de que a obrigação seja de meio, e não de resultado, esse “meio” tem que ser desempenhado com excelência”, definiu.
E mesmo como o máximo esforço, quem exerce advocacia comumente se depara com um profissional que também se dedica ao máximo para obter um resultado diferente ao fim do processo. Deste “embate” surgem resultados positivos e negativos. E a certeza que nada é sorte ou acaso. “É preciso apreender a conviver com as derrotas, que acompanham a carreira de absolutamente todos os profissionais. Ao passo que, por mais perfeito e convincente que um trabalho for, é óbvio que todos os causídicos deparam algumas vezes com julgamentos contrários. O profissional deve ser persistente e jamais desistir no meio do caminho. E ainda fazer desses percalços um trampolim impulsionador do profissional mais experiente e cada vez mais forte”.
Não dá para negar que esta é a essência do advogado. Como define Gustavo, “leal e justo”. E comprometido com a verdade sem incitar o ódio ou revanchismo. Além, claro, com as atualizações pertinentes a qualquer profissão.
Na visão dele, a advocacia passa por constantes mudanças e muito está ligado ao avanço tecnológico, principalmente após o surgimento dos processos digitais. E tem muito mais, ainda mais com as alterações causadas por algo que não estava no script, como a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Sobreveio com a pandemia significativas mudanças e tendências, inclusive quanto à forma de trabalho e também no próprio comportamento da clientela. Penso que o profissional atual somente permanecerá intacto e reconhecido no mercado se o mesmo sempre buscar se atualizar, inovar e notadamente investir na estrutura operacional, uma vez que, do contrário, certamente não vai acompanhar o atual cenário que vivenciamos”.