quinta-feira, novembro 21, 2024
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Na contramão, rumo ao abismo

Administrar uma organização ou determinado departamento dentro de uma instituição requer dedicação, conhecimento e, principalmente, boa vontade em gerir, considerando as divergentes opiniões que possam surgir no percurso a ser seguido. Quando se trata de administração pública, qualquer imprecisão na linha previamente determinada fica mais evidente e culmina em um prejuízo incalculável ao principal interessado: o cidadão.

Ao se tratar de Cultura, cabe ressaltar que a escola ou instituição disseminadora de ações artísticas e culturais exerce papel fundamental não só para a edificação de uma sociedade mais progressista e democrática, mas age também no sentido de integrar indivíduos e grupos, diferentes entre si, contribuindo para a pluralidade cultural do nosso país.

Por muitas vezes esquecida e pouco valorizada, a Cultura trilha um caminho obscuro em Mogi Mirim. Na quarta-feira, neste mesmo espaço, O POPULAR já havia falado que o município há muito tempo deixou de ser referência na área e indagou sobre a necessidade de repensar muito além das reformas estéticas que acontecem no Centro Cultural.

Ao encerrar turmas de teatro e de dança de forma arbitrária, prejudicando inúmeros jovens que têm a real necessidade de encontrar suas próprias identidades, a Secretaria de Cultura e Turismo vai na contramão do que poderia significar uma ressurreição para a área, desde sua transformação em uma secretaria.

A falta de incentivo aos alunos só comprova a má gestão, tanto do gerente de Turismo, Samuel Cavalcante, quanto da recém-chegada, Bárbara Mattos de Moraes, que já possui históricos nada agradáveis em se tratando de respeito com servidores públicos municipais e trabalho em equipe.

A novata foi desligada da Secretaria de Sustentabilidade Ambiental, pois o clima ficou insustentável. De forma oportuna e sob respaldo político que acreditam ter do presidente da Câmara, Benedito José do Couto, o Dito da Farmácia (PV), que os indicou para os cargos, eles se esquecem que em um trabalho de gestão, o entrosamento da equipe é fundamental para o sucesso das ações a serem desenvolvidas.

Agora, a decisão está nas mãos do prefeito Gustavo Stupp (PDT). Só a ele cabe a decisão de refletir se é nesse rumo que ele quer que seu governo caminhe. O governo do autoritarismo, da imposição, do abuso de poder, das agressões e das decisões apoiadas em um jogo político que em nada beneficia a cidade. As evidências estão aí, basta querer olhá-las.

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