Administrar uma organização ou determinado departamento dentro de uma instituição requer dedicação, conhecimento e, principalmente, boa vontade em gerir, considerando as divergentes opiniões que possam surgir no percurso a ser seguido. Quando se trata de administração pública, qualquer imprecisão na linha previamente determinada fica mais evidente e culmina em um prejuízo incalculável ao principal interessado: o cidadão.
Ao se tratar de Cultura, cabe ressaltar que a escola ou instituição disseminadora de ações artísticas e culturais exerce papel fundamental não só para a edificação de uma sociedade mais progressista e democrática, mas age também no sentido de integrar indivíduos e grupos, diferentes entre si, contribuindo para a pluralidade cultural do nosso país.
Por muitas vezes esquecida e pouco valorizada, a Cultura trilha um caminho obscuro em Mogi Mirim. Na quarta-feira, neste mesmo espaço, O POPULAR já havia falado que o município há muito tempo deixou de ser referência na área e indagou sobre a necessidade de repensar muito além das reformas estéticas que acontecem no Centro Cultural.
Ao encerrar turmas de teatro e de dança de forma arbitrária, prejudicando inúmeros jovens que têm a real necessidade de encontrar suas próprias identidades, a Secretaria de Cultura e Turismo vai na contramão do que poderia significar uma ressurreição para a área, desde sua transformação em uma secretaria.
A falta de incentivo aos alunos só comprova a má gestão, tanto do gerente de Turismo, Samuel Cavalcante, quanto da recém-chegada, Bárbara Mattos de Moraes, que já possui históricos nada agradáveis em se tratando de respeito com servidores públicos municipais e trabalho em equipe.
A novata foi desligada da Secretaria de Sustentabilidade Ambiental, pois o clima ficou insustentável. De forma oportuna e sob respaldo político que acreditam ter do presidente da Câmara, Benedito José do Couto, o Dito da Farmácia (PV), que os indicou para os cargos, eles se esquecem que em um trabalho de gestão, o entrosamento da equipe é fundamental para o sucesso das ações a serem desenvolvidas.
Agora, a decisão está nas mãos do prefeito Gustavo Stupp (PDT). Só a ele cabe a decisão de refletir se é nesse rumo que ele quer que seu governo caminhe. O governo do autoritarismo, da imposição, do abuso de poder, das agressões e das decisões apoiadas em um jogo político que em nada beneficia a cidade. As evidências estão aí, basta querer olhá-las.