Com 39,31% dos votos, Carlos Nelson Bueno (PSDB) foi eleito o novo prefeito de Mogi Mirim. Para os outros quatro candidatos, que disputaram as eleições tendo em vista o mesmo objetivo, a derrota parece não ter pesado. Pelo contrário, coronel Vanderlei Manoel de Oliveira (PRP), Elias Ajub (PR) e Ricardo Brandão (PMDB) estão satisfeitos com os resultados alcançados.
Mais crítico, Ernani Gragnanello (PT), que concorreu ao cargo pela quarta vez, frisou que houve falta de debate a respeito da ética e mostrou preocupação com o futuro do Poder Legislativo. O petista foi o quarto colocado, com 8,74% dos votos. Embora tenha reconhecido a importância de todo o processo eleitoral, Gragnanello alertou para o fato de ter se desenhado uma campanha com força no poder econômico, o que pode refletir na administração pública.
Em segundo lugar, Brandão obteve 30,54% do eleitorado. O peemedebista avaliou a campanha e todo o trabalho de equipe como algo animador, já que foi uma possibilidade de retomar a vida política depois de 30 anos afastado. “A votação foi sensacional, levando em conta que menos de 60% foi votar”, avaliou.
Devido à agenda de trabalho, retomada nessa semana, O POPULAR não conseguiu contato direto com o psicanalista Elias Ajub (PR). Ele conquistou 13,69% dos votos, alcançando o terceiro lugar na disputa pela Prefeitura. A esposa, a advogada Luciana Ajub, informou à reportagem que a participação foi positiva, principalmente, por ele ter se lançado pela primeira vez na área política e com apenas 45 dias para trabalhar na campanha dentro de um partido que não fez coligações.
Coronel Vanderlei (PRP), o quinto colocado, acredita que a eleição transcorreu dentro da normalidade, apesar do derrame de santinhos por toda a cidade, prática que repudiou com veemência. Com relação à votação, julgou-se vitorioso, até mesmo pelo curto tempo de campanha. Ele projetava receber de 5 a 7% dos votos, expectativa que foi superada. Acabou conquistando 7,72% do eleitorado. Para o coronel, os votos recebidos foram conscientes. “Foram votos de pessoas com opinião”, afirmou.
Futuro
Poucos dias após as eleições, os candidatos ainda não tiveram tempo suficiente para fazer projeções da vida política daqui para frente, mas todos garantiram que continuarão envolvidos com as questões do município. “Intervindo, apresentando críticas positivas para o governo e comunidade”, destacou o coronel Vanderlei.
Gragananello disse que sua “jornada continua”. O petista confirmou que manterá o comportamento de candidato, assim como fez na gestão de Gustavo Stupp (PDT), participando da vida social e política. “Essa nova configuração da Câmara me preocupa”, já adiantou, considerando que alguns nomes eleitos têm relação com a atual gestão.
Elias ainda deve ter uma reunião com o partido. Independente de qualquer decisão, segundo a esposa, o psicanalista permanecerá com “atitude interessada no bem da cidade”, trabalhando em seus projeto sociais.
Já Brandão deixou um “até breve” e desejou que o próximo prefeito, Carlos Nelson, conduza corretamente o governo, dê atenção à área da saúde e, especialmente, às camadas mais necessitadas da sociedade, prometendo acompanhar e fiscalizar os atos daquele que foi seu principal concorrente nas eleições. “Os 12.700 votos, para quem estava longe, me motivaram. Não posso desistir da política”, concluiu.
