A última semana foi um desespero só. Chegou na quinta-feira, eu não sabia para que lado ia. Tinha que comprar uma sandália, finalizar os presentinhos dos formandos, arrumar os cabelos, a maquiagem e a roupa para a formatura da noite, terminar os textos do jornal (inclusive esse) e ainda fechar umas notas que estavam atrasadas. Que loucura! Mas eu cheguei a uma conclusão e a um aprendizado na minha vida: eu não sofro mais, porque agora já tenho a experiência que as coisas dão certo! Sempre dão! E se não der, tudo passa também!
Então, refletindo sobre essas questões me recordei de quando era adolescente e do quanto que era extremamente ansiosa. Ainda sou, mas me recordo que morria de medo de que as coisas não dessem certo no tempo correto. Mas uma lição que aprendi com a minha avó Cecilia é que tudo sempre dá certo! Mas, é claro, para isso cada pessoa tem que fazer a sua parte. Não adianta, por exemplo, ficar imaginando que as coisas precisam funcionar, mas não me mover para isso. Minha parte preciso fazer. É preciso agir. Pôr a mão na massa. Não ter medo de encarar as adversidades. Talvez essa seja a maior lição que recebi dela.
Então, frente ao desespero da última quinta-feira, não me abalei. Segui em frente como ela me ensinou. Acordei cedo, escrevi e pronto, aqui está o trabalho da semana. Deu tudo certo como sempre haverá de ser, e também se não der, paciência, às vezes é para nosso aprendizado. O importante, gente, é não desistir e sempre fazer o melhor. Dessa maneira, se as coisas não funcionarem como o previsto, uma coisa que você nunca terá é o peso na consciência. Então, sejamos mesmo intensos, sem medos e com vontade. As coisas vão funcionar se você estiver com força de vontade e bons pensamentos! Só assim é que vale a pena viver.
Um poema que funciona muito bem com essa situação é da poetisa Cora Coralina. Na obra chamada Saber Viver, Cora diz com grande sabedoria e doçura:
“Não sei…se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivermos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas (…). E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que nos faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura, enquanto ela durar”. Que vocês tenham uma linda, colorida e intensa semana!
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi. E-mail: [email protected]
