A desaprovação das contas referentes ao exercício de 2012 na Câmara Municipal, por 11 votos a 6, em votação no último dia 11 de setembro, não são lamentadas pelo prefeito Carlos Nelson Bueno. Na mesma coletiva de imprensa, o mandatário reforçou seu discurso e disse compreender o voto dos vereadores. “Eu encarei com a maior naturalidade. Não poderia ter tido uma atitude diferente, foi natural, tem que respeitar a decisão da Câmara. Nenhum deles tinha compromisso pessoal comigo. Não me aborreceu, não me entristeceu, não me alegrou, do jeito que entrei na Câmara, eu sai. Tinha expectativa de 10, 11, 12 votos, mas não fiz nada individualmente com nenhum vereador para ter 12 votos”, contou, em referência ao número de votos necessários para derrubar o parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
O tratamento com os vereadores segue normal, segundo ele. “Vou tratar da mesma maneira que tratava antes, não vou mudar comportamento e atitude”, garantiu.
Presente na coletiva, o secretário de Finanças Roberto de Oliveira Junior comentou sobre a reunião com a vereadora e presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Maria Helena Scudeler de Barros (PSB), que havia emitido parecer favorável ao parecer desfavorável do Tribunal de Contas, mas mudou seu voto após conversar com Roberto.
“Quem me procurou e viu a questão técnica, acabou votando contra o parecer. Ela (Maria Helena) me procurou, estive na Câmara. Entendeu rapidamente e facilmente o que expliquei. Quem quisesse ter uma opinião técnica e não votar de forma política, poderia ter mudado a opinião”, ressaltou.
Só se rejuvenescer
Ao justificar sua indiferença em relação à votação das contas, Carlos Nelson voltou a comentar que não pretende recorrer da decisão e não se lançar candidato em futuras eleições, discurso dito no ano passado, mas não seguido pelo prefeito, que se filiou ao PSDB, foi candidato e conseguiu ser eleito para seu terceiro mandato na cidade.
“De jeito nenhum, a não ser que eu tenha uma recaída, que eu rejuvenesça nestes próximos três anos. Eu reconheço que já aconteceu comigo no passado, mas a vida não se repete, vou fazer 78 anos. Pensar que daqui três anos vou estar em condição de disputar uma eleição é utópico. Ela (votação) tem uma consequência de representar um impedimento de uma candidatura eventual, candidatura que nunca pensei”, bancou.