sábado, novembro 23, 2024
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Não seja marionete, tome a vacina

É assustadora a capacidade de regresso à qual o humano é capaz de impor. Em pleno 2021, retornamos a 1904. Lá no início do século passado, quando um virologista teve apoio do governo federal para forçar a população a se vacinar contra a varíola, chegamos à Revolta da Vacina.

Mas, convenhamos, as pessoas mal conheciam esta alternativa para salvar vidas e dá para entender os motivos de quem se negava a se vacinar em 1904. Eram ignorantes no conceito mais puro da palavra. Hoje, quem ignora tal método tem uma predisposição a ser contra os ensinamentos de amor ao próximo.
Se expõe e expõe outros à morte de forma desnecessária.

A vacinação se tornou motivo de polêmica após o presidente da República mostrar fraqueza política e ver um concorrente ser mais ágil, usando o caminho correto como plataforma política. Jair preferiu ouvir seu “Ministério da Saúde Paralelo” e conduzir o povo à imunização de rebanho, uma medida que, por óbvio, só funcionaria se uma parte da população, exposta ao vírus, morresse.

E como é óbvio que devemos ter pessoas que acreditam e pessoas que não acreditam em um presidente, a parcela devota ao nosso líder foi induzida a participar desta festa fúnebre articulada por um governo que agora também vê expostas as vísceras de seus métodos de corrupção justamente na compra de vacina.

E, assim como há petistas que ainda acreditam na inocência de Lula, tucanos que acham que o PSDB é imáculo e até quem ache que alternativas de um lado, do outro ou do centro, são puras, há quem se mantenha fiel a Jair, o deputado com histórico em partidos inundados em corrupção, com a família envolta em casos de rachadinha, uso indevido de combustível, vínculo a grupos de extermínio e milícias. Jair não é soldado divino contra os corruptos.

Ele é mais do mesmo. Por isso, esqueça A, B ou C. Rompa as cordas que te tornam marionete de canhotos, destros ou centrais. Confie na ciência, nos profissionais de saúde que estão se sacrificando por nós e se vacine. E, se insistir em não tomar a vacina contra a Covid-19, assine um documento explicando os motivos e passe a vez a quem quer. Aliás, Prefeitura Municipal, fica aí uma dica.

Aqueles que ainda insistem em não participar do único movimento capaz de nos devolver à vida normal e nos tirar deste cemitério constante, passem formalmente a vez a quem não vive em 1904. E que quem quiser participar de ações, atividades e outras situações, sobretudo que gerem aglomeração, apresentem o comprovante das duas doses de vacina.

E que a roda da imunização gire mais rápido, pelo bem de um Brasil que não pode mais viver sob a premissa de regressistas. Pela ordem, pelo progresso e pelo amor, a única ideia positivista que, entre as inspirações para a bandeira nacional, foi ceifada por quem a criou e tem sido ceifada por quem nos lidera pelo ódio. Ame mais. Vacinemos mais!

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