Caros leitores, vocês têm acompanhado a CPI da Covid no Senado? A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada em 27 de abril, após o país bater sucessivos recordes de mortes diárias por coronavírus. Seu objetivo é investigar supostas omissões e irregularidades nas ações do governo federal durante a pandemia. E, claro, atingir o presidente Jair Bolsonaro, que, sabemos, não é nenhuma flor que se cheire.
Mas, daí, chegar a algo concreto que possa até impedir a continuidade do chefe da nossa nação acredito que seja pouco viável. O que há, de fato, são construções de narrativas pré-eleitorais. Me parece mais um circo do que uma investigação séria e serena em busca da verdade.
Está claro que Jair, com o seu negacionismo populista, deu enorme contribuição para a demora na imunização de seu povo, ora jogando contra vacina A ou B, por exemplo, ora sendo contra medidas de proteção, como o uso de máscara, deixando, assim, que muitas mortes não fosse evitadas.
“Nós estamos no Brasil em uma situação muito difícil, porque tem um louco na Presidência da República que todo dia atenta contra a vida dos brasileiros”, afirmou o senador Renan Calheiros, relator da CPI e inimigo político de Bolsonaro.
Mas, daí, a chamá-lo de genocida já é demais para a minha inteligência. Afinal, quem mata é o vírus. Agora, se conseguirem provar desvio de dinheiro, recebimento de propina, enfim, corrupção em si por parte do governo Bolsonaro, que os culpados sejam exemplarmente punidos, até mesmo com impeachment, se for o caso.
O que observo até agora é que há apenas suspeita disso e daquilo, indícios disso e daquilo, será que prevaricou, não prevaricou. É preciso mais para não acabar em pizza.
“Não vai ser com CPI integrada por bandidos que vão nos tirar daqui”, vociferou seu Jair.
Por hoje, só sexta que vem.
