quarta-feira, setembro 18, 2024
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Nas escolas da rede municipal, crianças já se servem desde cedo

Crianças de quatro e cinco anos das Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs) Helena dos Santos Alves, no bairro Maria Beatriz, e Geraldo Philomeno, no Jardim Bicentenário, já aprendem a servir suas próprias refeições, escolhendo aquilo que desejam, e na quantidade que acham que devem, em pratos de vidro e talheres de gente grande.
O objetivo é que crianças desenvolvam suas potencialidades e comecem a viver para a sociedade, aprendendo, também na escola, o que antes só era ensinado em casa.

Alimentos ficam disponibilizados em compartimentos para as próprias crianças se servirem (Foto: Divulgação)

As duas unidades são as escolas-piloto para o programa Alimento e Movimento, patrocinada pela Cargill, empresa presente em mais de 70 países, com sede em Itapira, que oferece serviços e produtos alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais. A secretária de Educação, Flávia Rossi, conta que este era um projeto que existia em Itapira, quando era responsável pela pasta da cidade vizinha, e que ela trouxe para Mogi Mirim.
O projeto consiste em disponibilizar estruturas, adaptadas ao tamanho das crianças, em que ficam acondicionados os alimentos (como em restaurantes self-service), para que os próprios alunos se sirvam. As crianças utilizam garfos e facas comuns e pratos de vidro, que, até agora, nunca quebraram, segundo a equipe da Educação.
Adriana Guarnieri, supervisora do projeto nas escolas, diz que este trabalho está sendo feito desde o ano passado e vem surpreendendo a todos. “Acaba sendo um trabalho de autorregulação para as crianças, que colocam uma certa quantidade no prato, e descobrem que, quando elas forem comer pela segunda vez, elas vão descobrir que se colocarem a mesma quantidade, elas não vão conseguir comer tudo”, explica.
Flávia conta que, no início, havia o receio das direções das escolas e das merendeiras, de que as crianças não pegassem todas as opções do cardápio, que é elaborado levando em consideração as normas de alimentação escolar. “Foi surpreendente para elas, porque elas viram que acontecia o contrário. Elas pegavam todas as opções. Claro que no começo há uma sujeira maior, por exemplo, até que elas se adaptem”, comenta.
O projeto vem dando certo e os resultados vêm incentivando mais escolas a adotar o projeto. “A diretora da Braulio Valentim, em Martim Francisco, também implantou. Eles conseguiram uma estrutura para colocar as comidas e passaram a fazer com os alunos de lá”, acrescentou Flávia.

Mais
O programa prevê ainda a coleta do Índice de Massa Corporal (IMC), com amostragens, e o incentivo ao hábito de se hidratar, tomando água em vários momentos no dia. Para isso, cada escola traçou uma estratégia, adotando canecas individuais, garrafinhas, bebedouros, jarras e até mesmo filtros de barro.

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