– Amigos, eu vi o primeiro Papai Noel em carne e osso surgido em Mogi Mirim.
Foi criado pelo Bazar-Foto Zizo, em 1952, há 62 anos! Devidamente ornamentado com sua roupagem vermelha, barba branca e gorro encarnado, distribuía doces e brinquedos para a criançada de nossa cidade na porta do Foto Zizo, à Rua Conde de Parnaíba. Um mistério que permanece até hoje: quem seria o Papai Noel fantasiado? Muitos achavam que era o próprio Zizo!
– Assisti no início da década de 50 a coroação das duas primeiras Rainhas dos Estudantes de Mogi Mirim. A primeira rainha foi Ivone Zani, vencedora em 1950. A segunda, eleita em 1951, foi Neide Rotoli. Recordo de algumas princesas: Maria Henriqueta de Vita, Mércia Subtil, Maria Estela de Carvalho e Silva, Eunice Antonio.
O concurso era realizado em benefício da Campanha contra o Câncer, com os bailes comemorativos no Clube Recreativo.
– Cortei cabelo no Salão Mandrake, do Humberto Zeni. O Bertinho, como era conhecido. Também era apelidado de Mandrake, rei dos mágicos. Bertinho realmente fazia mágicas com o corte de cabelos, caprichados e com os modelos da época. E no final, um trato com talco perfumado! E após a barba, aspersão com Água Velva.
– Amigos, eu assistia nos cines Rex e São José, os maravilhosos filmes musicais estrelados pela doce Dóris Day. Ainda soa em minha mente a apaixonante canção “Secret Love” um de seus maiores sucessos. Quanta saudade!
– Quando eu participava do “footing” na Praça Rui Barbosa, sempre ouvia os musicais do Serviço de Alto Falantes Vitória. Esse difusor de som foi inicialmente propriedade do Pintaca, que adquiriu o aparelhamento.
Além do Pintaca, os locutores eram Flávio Silva, Benedito Rocha (Dito Sabão) e José Victório Donegá. Flávio Silva, grande amigo, foi meu incentivador, em 1952, comecei a participar de programas radiofônicos na Rádio Cultura de Mogi Mirim, no qual atuei durante 26 anos, paralelamente a minha vida profissional em outras empresas.
Recordo com muita tristeza do suicídio do Flávio e motivado por um amor não correspondido, numa época onde imperava o romantismo!
– Amigos, eu conheci uma figura folclórica de Mogi Mirim, o Pitosca. Baixinho e franzino, mas dono do maior nariz que já existiu em nossa cidade. Seu “naso” possuía talvez uns dez centímetros de comprimento, verdadeiro periscópio a captar os odores citadinos da época. Ele gostava de ficar no local onde está a banca de jornais do Sardinha, de onde apreciava com olhos mortiços o desfilar das mocinhas e brotinhos no “footing” da praça, suspirando paixão!
– Tudo que hoje contei, eu vi, assisti e participei na minha super querida Mogi Mirim da década de 50.
Retificado – No meu artigo de sábado passado, a foto saiu com a legenda trocada. Abaixo da imagem com o time do Mogi Mirim Esporte Clube de 1927, o histórico erroneamente citou que era o antigo prédio da Cervejaria Pinho! Como eu, muitos leitores devem ter rido dessa confusão. Por isso, peço desculpas.
Preceitos Bíblicos – “Disse Jesus: A vós, eu digo: Amai a vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam. Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam”. (Lucas 6, 27-28).
Túnel do Tempo – 27 de julho de 1929 – Foi eleita “Miss Mogi Mirim” a jovem Santa Ferreira Alves. A cerimônia ocorreu no Clube Recreativo e a coroa foi colocada na cabeça da Miss por dona Zalina Garcia Gonzaga, esposa do Juiz de Direito da Comarca, Dr. João Marcelino Gonzaga. Após, grandioso baile comemorativo.
Legenda da Foto:
Em 1929, Santa Ferreira Alves cativou os mogimirianos pela sua meiguice, beleza e simpatia. Com justiça foi eleita Miss Mogi Mirim 1929.
