sábado, novembro 23, 2024
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Nelson Patelli Filho e suas recordações do passado

Amigos, eu vi! (23ª parte)

Continuando esta série de recordações dos anos 1950 e 1960 de Mogi Mirim, vou citar fatos que muitos leitores viveram nessa época.

Há 60 anos, os mogimirianos satirizaram a iluminação pública e residencial como também o abastecimento de água encanada na cidade, com versinhos que ficaram famosos: “Mogi Mirim, cidade que me seduz, de dia falta água e de noite falta luz!”. A ineficiente iluminação continuou por muitos anos, mas houve um grande avanço com a inauguração, em 1953, do Serviço de Distribuição de Água, com prédio localizado ao lado do Estádio Vail Chaves , que até hoje existe e funciona. Na cerimônia inaugural, estavam presentes todos os vereadores e o prefeito, Bépe Albejante.

Eu conheci a Serraria Santa Cruz, de João Bordinhão, que fabricava portas, batentes, venezianas, assoalhos, forros e tábuas, comercializando também telhas. Localizava-se à Rua Marciliano, quase na esquina da Rua João Soares de Camargo.

Lembro da estreia do locutor Simão Horácio Botesi na Rádio Cultura de Mogi Mirim, em 1950. O amigo Simão chegou a comandar dois programas: “O Cartaz do Dia” e “Chá para Dois”, numa época em que a faixa AM das emissoras tinha grande audiência.

Eu estava com 18 anos quando foi inaugurada a nova Agência dos Correios e Telégrafos, em nossa cidade. O prédio foi construído no local onde residiu no século 19 o último presidente da Câmara Municipal no período da Monarquia, o Dr. Antônio Rodrigues do Prado.

No Estádio Vail Chaves, assisti há 63 anos a vitória do Mogi Mirim Esporte Clube sobre o Rio Branco de Itapira, por 2 x 1. Os gols do Mogi foram marcados por Plinio e Mantovani. Torci e vibrei muito com o resultado obtido ante o tradicionalíssimo rival itapirense, numa época em que nesses confrontos eram comuns brigas e grandes confusões entre torcedores mogimirianos e itapirenses!

Amigos, em 1952, eu participei da inauguração do Posto e Restaurante São José, às margens da Rodovia Mogi/Campinas. Foram grandes festividades e com participação do povo e autoridades, sendo oferecido a todos um farto churrasco, com cerveja e refrigerantes à vontade.

Conheci uma das maiores figuras folclóricas de Mogi Mirim, o famoso “Peludo”. Tinha com profissão rachador de lenha e adorava uma cachacinha, tomando todas que aparecia pela frente. Quando estava de pileque total, Peludo costumava cantarolar pelas ruas da cidade, cambaleando, diversos versinhos, dos quais lembro deste: “A vida é um samba, patrão! Pois quem é que na vida samba mais? Sem dúvida, patrão, é o coração!”.

Pura filosofia de negro velho em suas horas movidas a álcool. Peludo era inofensivo e de paz, mas quando irritado pela criançada, preferia palavras de baixo calão, termos cabeludos com se dizia na época. Daí, o apelido Peludo. De tanto beber acabou morrendo de cirrose.

Vivi uma época em que brinquedos industrializados eram caros e raros. Por esse motivo, como a maioria da criançada, eu construía meus próprios brinquedos e com ajuda de meu pai e meu avô, Américo: monjolinhos, pipas e maranhões, carrinhos de rolimã, caleidoscópio de pedaços de vidro colorido, caminhões de madeira, João-Mendegue, cavalinhos de cabo de vassoura e outros produtos da inventiva infantil. Brinquedos simples, mas que faziam a minha felicidade e de toda a criançada de Mogi Mirim.

Preceitos Bíblicos: “Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando és por Ele repreendido. Porque o Senhor castiga ao que ama e açoita a todo o que recebe por seu filho. Perseverai sob castigo, Deus vos trata como a filhos. Qual é o filho a quem seu pai não corrige?” (Hebreus 12,5-7).

Túnel do Tempo: ( 1876 a 1877) Nesse biênio Mogi Mirim elegeu três deputados paulistas: Coronel Joaquim Sertório, Dr. Antônio Pinheiro de Ulhôa Cintra e Dr. Francisco Alves dos Santos, com mandatos de dois anos cada um.

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