sexta-feira, novembro 22, 2024
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Waldemar Marcúrio, o Ney, é expulso do Partido dos Trabalhadores

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Mogi Mirim anunciou na tarde de sexta-feira que Waldemar Marcúrio Filho, o Ney, não faz mais parte do grupo político. A decisão pela expulsão se deu, após ampla defesa, audiências e reuniões, segundo o partido, que discutiu as 14 representações contra o vereador, feita por um filiado.

Partido afirma que vereador sabe de esquemas criminosos na Câmara, mas nunca denunciou (Foto: Everton Zaniboni / Arquivo)
Partido afirma que vereador sabe de esquemas criminosos na Câmara, mas nunca denunciou (Foto: Everton Zaniboni / Arquivo)

Um dos motivos para a expulsão do filiado, segundo o PT, está no fato de que Ney teria dito em uma das reuniões partidárias que existiria um ‘mensalinho’ para pelo menos quatro vereadores, alguns novos e outros que foram reeleitos nas eleições municipais de 2012. No relato do vereador, ele teria ouvido uma conversa de um deles para que o valor de R$ 5 mil fosse pago imediatamente.

“Ney achou melhor não dizer os nomes no momento. A idéia dele é se aproximar e gravar com caneta ou relógio gravador para depois denunciar. Ao vereador foi orientado a procurar o Ministério Público por diversas vezes para realizar as denúncias, que é uma obrigação legal do vereador, mas tal fato nunca ocorreu”, cita a nota do partido, enviada para a imprensa.

Além disso, o PT cita outros 14 itens, que justificariam a expulsão. Dentre eles estão: a nomeação de assessora que não seria filiada ao partido; ter sido contrário às manifestações do ano passado; ter votado contrariamente às orientações do partido; ter indicado como fiscal para fiscalizar as eleições para a nova direção do partido alguém filiado ao PDT desde 2003 e então comissionado no governo Stupp; ter recebido R$ 10 mil do deputado estadual Luiz Moura para a sua campanha em 2012 e não ter registrado na prestação de contas o valor da contribuição, dentre outros.

“O Partido não agasalha esse comportamento e não tem compromisso com nenhum mal feito dos seus filiados e vereador. Nenhum outro vereador do Partido dos Trabalhadores é tão bruto politicamente em relação ao partido e a população”, cita a nota.

A decisão deve ser comunicada à direção estadual do partido e posteriormente à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Civil e Eleitoral para apuração dos fatos da competência da Promotoria de Justiça. Segundo o PT, ainda existem mais 12 representações contra Ney.

O POPULAR tentou entrar em contato na tarde de sexta-feira com o vereador e sua assessora para se posicionarem a respeito da expulsão e das denúncias, mas os celulares estavam desligados.

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