sábado, novembro 23, 2024
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Nílson comenta sobre parceria, noite e não ao São Paulo

O ex-centroavante Nílson revela quem foi seu melhor parceiro de ataque, fala da paixão pela noite e conta porque não jogou pelo São Paulo, seu time do coração.

Boteco – Quem foi seu melhor parceiro de ataque?

Nílson – Foi um com quem me entrosei muito, joguei em três clubes com ele, Grêmio, Inter e Lusa. Maurício, ponta-direita, cabeludinho, jogou no Botafogo, fez o gol contra o Flamengo empurrando o Leonardo na final.

Boteco – Contratavam por que sabiam que vocês se davam bem?

Nílson – Por acaso. Na Portuguesa, ele foi primeiro. No Inter, eu cheguei, ele tava. Aí fui pro Celta de Vigo, da Espanha, quando eu tava saindo, ele chegou. Aí ele pediu pros caras: “renova com Nílson, nós dois juntos vamos arrebentar”. Eu já tava acertado com o São Paulo. Aí vim embora, ele ficou. Aí eu vim e não acertei com o São Paulo, porque o São Paulo não me dava apartamento. Por causa do apartamento, eu falei: não vou ficar. Já tava com salário, tudo certo. Aí o Grêmio me queria, que eu tinha saído do Inter fazia seis meses, voltei pro Sul.

Boteco – Você queria ter jogado no São Paulo?

Nílson – Ah, era meu time do coração. Eu era são-paulino de moleque, hoje sou mais corintiano que são-paulino, jogo no máster do Corinthians.

Boteco – Se arrependeu de não ter ido?

Nílson – Não, porque eu fui pro Grêmio e no Grêmio fui convocado para seleção brasileira, fui hexacampeão gaúcho.

Boteco – E o Maurício era um parceiro fora de campo?

Nílson – Não tanto, era mais socialzinho, terninho, blazer. Eu já era mais largado, camiseta, tênis, calça jeans.

Boteco – Mais do samba?

Nílson – Eu frequentava uma casa que era só samba rock. Entrava mulherada, vamos dançar. E de domingo eu ia num vanerão, que era só cozinheira de churrascaria. Rapaz, cada mulher bonita, tu não acreditava que elas trabalhavam em churrascaria. Que elas ficam lá dentro na churrascaria, você não via elas. E aí eu ia nesse lugar de domingo, eu chamava os caras pra ir, eles não queriam. “Ah, eu vou lá, negócio de garçom?”. Mas eu chegava lá era só menina nova que vinha do interior, me ensinavam a dançar vanerão.

Boteco – Você gostava muito da noite?

Nílson – No dia de folga eu ia. Domingo depois do jogo era até as 4, 5 da manhã.

Boteco – Quem era seu parceiro?

Nílson – Não tinha ninguém, tinha um grupinho que a gente ia, dali a pouco um ia pra lá, outro pra cá e eu acabava ficando sozinho. Que eu não era muito de vou lá, vou lá. Vou aqui, terminava a noite naquele lugar. Ficava tomando minha cervejinha, amigos fora do futebol estavam ali. E mulherada vinha, autógrafo, aquela coisa toda, senta na mesa, sempre na roda, tamo junto, era gostoso, fase boa.

Boteco – Chegou a ter problema de jogar e ficar de ressaca?

Nílson – Não porque na véspera do jogo eu não bebia. Se você tem folga sexta de manhã, quinta à noite eu saía. Sexta de manhã não tinha treino, dava para dormir até 12h, acordava, almoçava legal, à tarde ia pro coletivo. E no sábado de manhã, recreativo, tinha a tarde pra dormir, a noite toda e domingo ia jogar só a tarde, você recuperava. Aí domingo, acabava o jogo, quebrava a noite, ia pro pau, porque segunda não tinha treino. A não ser que tivesse jogo na quarta, aí você vinha treinar à tarde, mas mesmo assim vamos pra noite. Mas eu não era de sair todo dia.

Boteco – Nílson volta no último capítulo de suas histórias, desta vez para abordar a passagem pelo Flamengo e situações embaraçosas vividas na relação com Renato Gaúcho.

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