sábado, novembro 23, 2024
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Nílson relembra o caso das loiras do Grenal do século

No primeiro capítulo de suas histórias no Boteco, o ex-centroavante Nílson recorda quando foi fotografado com duas loiras no Carnaval nas vésperas do Grenal do século, em 1988, quando foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro.

Boteco – Qual a sua história mais marcante?

Nílson – Tenho uma do Grenal do século, na semifinal do Brasileiro de 1988. Nas vésperas do jogo, o Abel Braga nos liberou para brincar o Carnaval sábado e domingo. E falou: quem quiser namorar, namora, quem quiser tomar sua cerveja toma, aproveita porque na segunda-feira nós vamos concentrar, porque tinha na quarta-feira de Cinzas e no domingo as semifinais contra o Grêmio. E lá em Porto Alegre acabei indo para um clube com o prefeito convidado em Tramandaí. E eu brincando o Carnaval, duas meninas me chamaram para tirar uma foto. Eu abracei as meninas, duas loiras, lá no Sul você imagina as gaúchas. Maior que eu, duas loiraças. E o Abel tinha pedido para não se exceder. E o cara do Zero Hora, jornal mais famoso do Rio Grande do Sul, tava ali e eu não vi. E o cara tirou a foto, a menina tá tirando a foto e o cara bateu, eu nem vi. No domingo de manhã, eu peguei o jornal, tá na capa eu abraçado com duas loiras, imagina. Ainda bota: Abel pede pra não se exceder e Nilson com duas. Aí você vê o bafafá e o Grenal na quarta.

Boteco – E você explicou para o Abel?

Nílson – Eu falei. Ele falou: não quero nem saber, correu em campo para mim não importa o que vocês fazem fora.

Boteco – E como foram as semifinais?

Nílson – Aí nos empatamos em 0 a 0 no campo do Grêmio. No domingo, no Beira-Rio, a gente tava perdendo de 1 a 0, com um a menos. No segundo tempo, viramos, 2 a 1, eu fiz os dois gols. Aí né, meu, foi um prato cheio. E o Grêmio tava numa casa de repouso e o pessoal reclamando. Aí eu falei: manda o Grêmio voltar pra casa de repouso e dos meus dois gols, foi um golzinho pra cada loira daquela (risos). Aproveitei o momento, pra quem tava morto, saiu bem ressuscitado.

Boteco – Você entrou mais motivado por isso?

Nílson – Tem que entrar, porque eu sabia que se a gente perdesse, a coisa ia vir em cima de mim. Isso me deu mais motivação. Por causa desse Grenal do século, vou passear, encontro pessoas que na época tinham 10, 11 anos, vem me abraçar: “A maior felicidade da minha vida foi você que deu. Eu tinha 10 anos, tava no estádio, o que eu chorei”.

Boteco – Como foi a comemoração da vitória?

Nílson – Fomos para uma churrascaria. Olha para você ver a maldade, foi tirada uma foto o time todo na churrascaria comemorando. E depois na Libertadores, fomos eliminados na semifinal para o Olímpia, os caras usaram a foto da comemoração. O Brasileiro acabou em fevereiro de 89 e nos saímos da Libertadores em julho. Aí aproveitaram a foto e botaram no Zero Hora dizendo que a gente tava três dias antes na noitada. Só que todo mundo viu que aquela foto era montagem, da churrascaria daquele dia, aí a gente explicou, mas o torcedor no momento não queria entender.

Boteco – Como foi a final contra o Bahia?

Nílson – O Bahia do Bobô foi o campeão. Acho que foi um pouco de excesso de confiança, o Bahia tinha um grande time, mas o nosso era melhor, fazia um mês e meio que a gente tinha enfrentado o Bahia em casa, ganhamos de 3 a 0, eu fiz os três gols. Então, você vai para uma final dessas, a gente esperava o Fluminense na final. E o Bahia eliminou o Fluminense. Acabou o Grenal, falaram, nós e Bahia. Falamos: “somos campeões, o Bahia não vai aguentar a gente”. Primeiro jogo, perdemos de 2 a 1. Em casa, se ganha de 1 a 0 era campeão. Empatamos 0 a 0. Foi salto alto.

Boteco – Nílson volta para recordar curiosidades da chegada ao Corinthians e da briga com Luxemburgo no Palmeiras.

 

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