sexta-feira, novembro 22, 2024
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No Dia de São José, bispo discursa sobre violência em Mogi

O feriado de São José, padroeiro de Mogi Mirim, na última quarta-feira, foi celebrado com uma programação marcada pela fé, devoção e alegria dos fiéis. Durante todo o dia, um grande público compareceu aos eventos que saudaram o padroeiro, movimentando a Praça São José. Do bolo à procissão, todos puderam participar das celebrações, agradecendo, fazendo pedidos e comemorando mais uma feriado religioso. O Bispo Dom Pedro Carlos Cipolini também participou da celebração e fez questão de comentar a onda de violência que atingiu Mogi Mirim nas últimas semanas. (Leia mais abaixo).

A programação teve início pela manhã, com uma missão solene em alusão ao padroeiro, realizada às 9h na Matriz de São José, que teve duração de quase 2 horas. A igreja ficou tomada pelos fiéis, que se espremiam em busca de um lugar. A celebração, comandada pelo padre Nelson Demiciano, serviu também para festejar o centenário da Liga de São José.

Logo após a missa, no estacionamento da Matriz, o bolo de São José foi entregue para os fiéis. Uma multidão formou filas no local em busca do doce, que sempre é responsável por atrair inúmeras pessoas. Os mais de 4,6 mil pedaços do bolo, que consumiram 15 quilos de ameixa, 105 quilos de doce de leite e que estavam divididos em sete tábuas, esgotaram-se rapidamente. Pratos, tigelas e potes foram usados pelos fiéis para levar o bolo. “É sagrado, não posso passar o feriado sem o bolo de São José. Além de ser gostoso, é abençoado”, bradava uma devota do padroeiro enquanto aguardava na fila.

 

À tarde

A tradicional procissão de São José partiu da Matriz pontualmente às 16h, com fiéis, alguns com o nome José, carregando o andor com a imagem do padroeiro, que vinha no fim da procissão. Na frente, fiéis, com bandeiras amarelas, saudavam São José com rezas e cantos. No retorno à Matriz, assim como pela manhã, o público lotou a igreja, para acompanhar a missa comandada pelo bispo da Diocese de Amparo Dom Pedro Carlos Cipolini.

Violência

A onda de violência que assombrou Mogi Mirim nas últimas semanas, com mortes em acidentes de trânsito, dois crimes passionais, um caso que é investigado como homicídio ou latrocínio e ainda uma tentativa no homicídio, foi tema do discurso de Dom Pedro Carlos Cipolini durante a missa.

Embora em sua fala tenha abordado a violência de uma maneira geral, fez questão de chamar a atenção para a escalada da violência em Mogi. “Estamos mergulhados em uma realidade muito violenta, que assusta todo mundo. É uma violência além do limite”, disse.

Para ele, o momento é de intenso conflito. “No Brasil existe uma guerra civil, não somos uma sociedade pacífica”, comentou, ao citar que o país convive com problemas de corrupção, roubo de recursos, violência policial, consumo de entorpecentes, crime organizado e lentidão da justiça.

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