PRESENTE – Se o jogo acabou não acontecendo, por outro lado a vinda a Mogi Mirim serviu para o centroavante Dênis Marques reviver a expectativa de uma partida no estádio onde disputou seus primeiros confrontos como profissional. Hoje reserva do Santa Cruz, Dênis Marques foi revelado pelo Mogi Mirim, onde chamou a atenção não só pela bola, mas também pelo visual semelhante a Oseás. O atacante participou da campanha do acesso do Sapo à Série B do Brasileiro, em 2001, com o vice-campeonato da Série C. Comandado por Adílson Batista, o time tinha o zagueiro Chicão, hoje no Flamengo, e o volante Zé Luís, ex-São Paulo.
EXPERIÊNCIA – Com mais de 50 anos de experiência no futebol, o delegado do jogo Abel Barroso já viveu uma situação semelhante a ocorrida no Romildão na década de 80, em um jogo entre São José e São Paulo, quando atuava como bandeirinha. Naquela ocasião, o Guarani havia obtido uma liminar que cancelava o jogo, mas o documento não foi apresentado para a arbitragem e a partida transcorreu normalmente. Antes do confronto, houve toda a expectativa, revivida na segunda-feira, desta vez com final diferente.
QUASE – Para alguns jogadores a partida de ontem tinha um significado especial. Seria a estreia do goleiro Reynaldo, ocupando a vaga de Alex Alves, titular durante todo o certame, mas que foi sacado do time, após falhas capitas na primeira fase. Nem para o banco Alex iria, pois Wendell estava pronto para ficar como opção de Aílton Silva. “Vou continuar treinando, no futebol tudo pode acontecer”, declarou Reynaldo, descartando frustração e garantindo confiança de que o Mogi vai encarar o Santa Cruz. “A reconquista da vaga tinha dado um novo gás para o grupo tudo, mas estamos esperançosos”, disse o arqueiro, que está no Mogi emprestado pela Ponte Preta.
MUDANÇAS – Além de Reynaldo, o time ontem teria outras novidades. Com a suspensão do atacante Serginho, o meia Vitinho ganharia uma vaga, com Aloísio jogando mais aberto. O centroavante Nei Paraíba voltaria a ser titular. O volante Leomir, que era titular até sofrer uma contusão e voltou da lesão como reserva, retomaria a titularidade e admitiu a frustração em dose dupla. “Fiquei frustrado por dois motivos, mas vai ser por pouco tempo, daqui a pouco a gente volta e vamos buscar esse acesso”, declarou, esperançoso.
AMIZADE – Além dos torcedores comuns do Santa Cruz, quem esteve em Mogi foi um grupo de torcedores organizados da Torcida Inferno Coral. No momento em que chegaram na porta do estádio, proferiram gritos de protestos contra a CBF pelo cancelamento do jogo. Mas o curioso é que eles estavam acompanhados de um grupo de torcedores da Torcida Fúria Independente, do Guarani, rival do Mogi no interior. Eles possuem laços de amizade, assim como outras diversas torcidas em todo o país.
POR POUCO – Corajoso, um pai, acompanhado de um menino estava próximo ao portão de entrada da torcida do Mogi usando uma camisa do Sport, um dos rivais do Santa Cruz em Recife. Ao perceberem, alguns torcedores da equipe coral não gostaram nada do fato e chegaram a xingar o homem. Os ânimos se acalmaram e felizmente a indignação ficou apenas nas palavras.
