sexta-feira, novembro 22, 2024
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Internos da Fundação Casa fazem nova rebelião com funcionários reféns

FUNDAÇÃO CASA - Reprodução EPTV (1)
Reprodução/EPTV

Na madrugada de terça-feira, um grupo de internos da Fundação Casa, unidade instalada às margens da rodovia que liga Mogi Mirim a Conchal, fizeram uma nova rebelião, sem motivo esclarecido. Desta vez, o tumulto foi mais complicado, com duração de sete horas, segundo a Polícia Militar, que foi chamada para dar apoio no local.
A movimentação teve início por volta de 23h30, quando alguns meninos renderam dois funcionários da unidade e os mantiveram como reféns. De acordo com informações, a rendição ocorreu por meio de força física, já que, inicialmente, os meninos não estavam armados. Só depois de conseguirem escapar das celas eles tiveram acesso à sala do dentista e pegaram utensílios pontiagudos e cortantes.
Houve tentativa de fuga dos internos e três conseguiram sair do prédio, pulando pela caixa d’água e acessando um matagal. A Polícia Militar conseguiu recapturar um dos adolescentes, um menino de 16 anos, da cidade de Limeira, que precisou passar pelo pronto-socorro devido a escoriações que sofreu ao pular o muro. Os outros dois rapazes que escaparam são de Campinas.
Depois de levar o menino para a delegacia, onde prestou esclarecimentos, as equipes da PM retornaram à Fundação Casa e permaneceram até o final das negociações, feitas por diretores da Secretaria Estadual de Administração Prisional.
Segundo o capitão da Polícia Militar, Marcelo Soares Cavalheiro, o cerco da PM evitou que mais adolescentes fugissem do local. “Quando chegamos havia vários deles em pé sobre o muro, prontos para fugir. Fizemos uso de balas de borracha para assustá-los, e eles voltaram para dentro do prédio”, relatou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Casa, a corregedoria da instituição instaurou uma sindicância para apurar a fuga ocorrida no centro socioeducativo, e o setor judiciário e os familiares dos jovens serão informados do ocorrido.
Os adolescentes identificados como tendo participado do tumulto passarão pela Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD), que aplicará sanções disciplinares aos envolvidos.

Casos anteriores

A série de tumultos nesta unidade da Fundação Casa começou na época de festas de fim de ano, quando adolescentes com bom comportamento receberam o benefício de indulto para visitar familiares, e outros ficaram detidos. Em todas as ocasiões foi necessário o apoio da Polícia Militar para cercar o prédio e encerrar os tumultos.

21 de dezembro – Durante a noite, internos fizeram uma rebelião com duração de cerca de três horas período em que os menores queimaram colchões, quebraram carteiras das salas de aulas e portas, e mantiveram cinco funcionários reféns. Ninguém ficou ferido. O motivo para o início da rebelião foi a fuga de sete meninos, sendo cinco de Campinas e dois de Conchal. Para conseguir fugir, eles quebraram uma grade do segundo andar do prédio, passaram pelo setor administrativo e pularam o muro.

 3 de janeiro – Pela manhã houve um tumulto na sede da Fundação, depois que os meninos passaram por uma revista de rotina e iniciaram uma discussão. Um funcionário foi rendido por um grupo de rapazes que, usando um cano de PVC parcialmente quebrado, pontiagudo, tentaram matar o agente penitenciário.

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