O processo de reforma e revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo, localizada à Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, prevê bem mais do que reparar os danos causados pela construção do Residencial do Jardim, existentes desde o início de 2012. A ideia é dar uma nova cara ao prédio histórico e além de conservar suas características originais, construir novos espaços, mais modernos e confortáveis. O projeto já é discutido dentro da Paróquia de São José e deverá ser definido nos próximos dias.
A proposta é criar uma nova capela do santíssimo, disponibilizar sistema de acessibilidade em todos os ambientes no pavimento superior por meio de elevadores, montar uma sala de reuniões e projeções e ainda um centro de memória da arte sacra e da bíblia em uma área do segundo andar da igreja. O objetivo é agregar todo o material histórico, como móveis e imagens sem utilização, não só das igrejas Nossa Senhora do Carmo e Matriz de São José, mas de outras paróquias.

O projeto, que passou por uma avaliação do padre Nelson Demiciano, já foi apresentado para o Bispo da Diocese de Amparo, Dom Pedro Carlos Cipolini, que deverá voltar à cidade na sexta-feira para uma nova reunião, onde os últimos detalhes deverão ser fechados. Para sair do papel, o projeto precisa de análise e aprovação da Secretaria de Obras e Planejamento, do Conselho Municipal de Cultura e pelo Centro de Documentação Histórica Joaquim Firmino de Araújo Cunha.
O investimento da obra viria do acordo no valor de R$ 350 mil feito junto ao presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Rivaldo Vitor Borba Ferreira, empreendedor do Residencial do Jardim, Prefeitura e o Ministério Público, fechado no segundo semestre de 2013, além de campanhas da paróquia junto aos fiéis e da Lei Rouanet.
“Definido isso (o projeto) vamos ter a possibilidade de definir quais alterações, divisórias, paredes, poderão ser demolidas na igreja. Algumas paredes terão que ser reconstruídas”, explicou o arquiteto Marcos Tognon, responsável pelo projeto, que foi todo elaborado pelo escritório de arquitetura e restauro, Sunega Tognon.
“O projeto implica em uma operação de usos de espaços, da circulação das pessoas dentro da igreja”, disse o arquiteto.
Segundo Tognon, duas empresas especializadas em restauro, uma de Campinas e outra de Piracicaba já manifestaram interesse em tocar o projeto. A intenção é que as obras tenham início até maio e sejam concluídas em seis meses.
Reforma
Já o trabalho de reforma e revitalização da igreja, realizado em paralelo ao projeto, passou nas últimas semanas por um procedimento de limpeza e descupinização em forros, telhados, móveis e madeira. Foram retiradas de sete a oito toneladas de entulho, em um trabalho feito por uma empresa de Mococa especializada em patrimônio histórico, que teve duração de um mês.

Para dar continuidade ao monitoramento da igreja, nas próximas semanas serão instalados fissurômetros, aparelhos que medem até um décimo de milímetro de movimentação na igreja.