sábado, abril 19, 2025
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O ambiente acima de nós

Desde os primórdios da humanidade, sempre houve a distinção entre o ser e o meio. A postura dos seres humanos, sempre foi – e continua sendo – de se colocar em um patamar acima das questões ambientais, controlando o meio em que vivemos. No entanto, a natureza cobra e as consequências são gravíssimas. Podemos observar esta questão, principalmente, durante tragédias ambientais como as enchentes.
Ao se descartar materiais em locais inapropriados, somente estamos contribuindo com a poluição do meio ambiente e, até mesmo, para o aumento de doenças, como a dengue. Na próxima semana, em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, antes de comemorar, é imprescindível olharmos nossas atitudes sobre o respeito com a natureza e repensar muitas delas.
Em Mogi Mirim, duas notícias que estampam as páginas desta edição são avanços consideráveis em relação ao meio ambiente e para a assistência social, dois problemas que afetam diretamente a sociedade. Tratam-se da criação de uma nova cooperativa de reciclagem e do incentivo de outra, existente há anos, com o projeto Reciclar. Ao se estimular as práticas de reciclagem e dar a oportunidade de trabalho a quem precisa, o município avança rumo a uma comunidade mais igualitária e consciente.
A Coopervida fará a utilização de um prédio que já abrigou o Departamento de Serviços Municipais, próximo à Apae e à Etec, um espaço bem localizado para sediar uma central de resíduos. Além disso, um novo convênio, com repasse de mais recursos, fará com que as atividades possam expandir. Hoje, o trabalho engloba 40% da cidade, fazendo a coleta de quase 35 toneladas por mês. E por que não sonhar com uma cobertura total?
Novas oportunidades poderão ser vislumbradas com a criação de uma nova cooperativa, que passará a funcionar no prédio do antigo Canda, no bairro Santa Luzia. A entidade, certamente, será a fonte de sustento de tantas outras famílias que precisam. Ajudam-se aos coletores cooperados e ajuda-se o meio ambiente.
Se iniciativas como essas, de fomentar a separação e a reciclagem de resíduos fossem maiores, o Município só ganharia. Afinal, menos materiais seriam misturados com o lixo comum, que é coletado pela empresa contratada e, consequentemente, menos dinheiro seria gasto, com a dispensa desses materiais, que poderiam ser reaproveitados, e não deixados em um aterro sanitário, que sabemos que demanda altos investimentos.
Que estes sejam os primeiros passos, de muitos, para que o meio ambiente pare tanto de ser castigado por nós, seres humanos.

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