sexta-feira, novembro 22, 2024
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O Carnaval pode ir muito além

Terça-feira, dia 21 de fevereiro, é Carnaval. Claro que, como manda a tradição foliã, a data mais festiva do ano para os brasileiros começa bem antes e, assim, se torna um período, muito além de um dia. E, convenhamos, depois que inventaram o pré-carnaval, aí é que a festa ficou longa mesmo. Uma delícia para muitos, mas poderia ser mais do que isso para todos nós.

Segundo estimativa da Divisão de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Carnaval em 2023 deve movimentar R$ 8,18 bilhões no Brasil. É muito dinheiro! E são muitas empresas garantindo, às vezes, o lucro do ano todo e muita gente com a oportunidade de emprego, temporário ou fixo, além de uma grana extra.

E em Mogi Mirim? O que podemos fazer? Em primeiro lugar, é preciso ter este olhar para o Carnaval ampliado. Não se pode apenas imaginá-lo como o circo da perigosa expressão “pão e circo” eternizada quando há o desejo de reprimir o Governo de investimento em direitos básicos, como comida, para quem precisa e de entretenimento para quem não é abastado como os que costumam lançar mão da expressão.

A retomada do Carnaval em Mogi pode até merecer elogios, com eventos públicos e privados, mas dá para ir além. Com Câmara e Prefeitura entrosadas, além da Acimm e outros órgãos, é possível produzir um calendário ainda mais rico, até mesmo com o incentivo para a volta de escolas de samba e desfiles de blocos. O Poder Público pode, sim, investir para que esta tradição volte e, até mesmo no recomeço, instigando trabalhos já em andamento.

Imaginem que belo seria quando “entrasse na avenida…” a Acadêmicos do ICA, com espetáculos circenses de seus talentosos alunos. Ou a “Estação Primeira da Lyra Mojimiriana”, com toda a sua capacidade musical direcionada para levar muito samba às ruas da cidade. Temos ainda fanfarras, com a própria escola de samba da FAM, que já tem ensaiado um retorno colossal deste perfil carnavalesco, bem como a criação ou retomada de blocos, indo do “e eu ligo?” ao pessoal da “Barminhada”. Um Carnaval forte pode ainda manter os mogimirianos que a viajariam na cidade, além de trazer turistas, ampliando a chance da roda da economia local girar mais forte em uma época que não costuma ser tão atrativa assim para comerciantes e prestadores de serviço local.

E, pensando em retorno, a própria legislação que criaria o direito de investimento público nestas iniciativas, poderia vir com o dever destes “grêmios recreativos” consumirem insumos, produtos, etc, em empresas sediadas em Mogi Mirim, como na confecção de camisas e abadás, e até mesmo de alegorias e acessórios.

Bem como pode rolar a cessão de espaços para empresas gastronômicas da cidade comercializarem seus produtos e a cobrança de donativos a serem revertidos para instituições de caridade tanto do público, quanto dos foliões, até mesmo, com uma competição social para ver qual bloco consegue mais alimentos, por exemplo.

São ideias. Algumas, praticáveis. Outras, talvez não. O ponto é que o Carnaval pode ir muito além e Mogi Mirim, com o enredo certo, pode ir além da fantasia, garantindo evolução para a comunidade por meio de uma harmonia entre os poderes e a população.

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