sábado, novembro 23, 2024
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O desafio da ética na política

Em menos de um mês, a população estará nas urnas escolhendo seus representantes locais. Neste momento eleitoral, a 60ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi Mirim aderiu à sugestão da OAB São Paulo e lançou, na noite de quarta-feira, um manifesto por eleições municipais limpas.

O evento, que reuniu advogados e interessados no assunto, contou com a participação dos candidatos a prefeito da cidade, que assinaram um termo de compromisso pela ética e transparência na campanha eleitoral, bem como na administração pública, caso eleitos.

Segundo a OAB, Seção São Paulo, mais de 144 milhões de brasileiros serão convocados para eleger um contingente de 5.568 prefeitos e mais de 55 mil vereadores. Um em cada quatro eleitores são do Estado de São Paulo. Diante desse cenário, é fundamental e de extrema importância a iniciativa da 60ª Subseção, uma vez que a proposta do manifesto vai ao encontro do ideal que inspirou sua criação.

Os frequentes escândalos de corrupção, em âmbito nacional e regional, despertaram nos eleitores a cobrança por candidatos que apresentem plataformas eleitorais honestas, não fantasiosas, e que façam propostas realmente voltadas às reais necessidades da população. É com esse mesmo objetivo que a instituição se junta aos eleitores, como uma forte aliada no combate aos gastos excessivos nas administrações públicas e à falta de moral na política.

Uso do “Caixa 2”, prática do nepotismo, atos de improbidade são alguns dos muitos exemplos que corrompem a ética. Por isso, tem sido um desafio acreditar que é possível se fazer uma campanha limpa quando muitos já se deixam corromper antes mesmo da vitória nas urnas.

O compromisso com a ética, em qualquer atividade ou contexto, deveria ser encarado como obrigação, não escolha, tanto por parte dos candidatos, quanto por parte dos eleitores que, muitas vezes, acabam se vendendo em troca de churrasco e cerveja, por exemplo.

Se a OAB mostrou-se totalmente disposta ao cumprir seu papel e amparar os munícipes no processo da valorização do voto, é momento também da comunidade estar atenta a cada informação acerca de seu possível candidato para que o voto seja dado de forma consciente.

Depois pode ser tarde para arrependimentos. O preço é alto, como bem sabe a cidade, que hoje colhe as consequências de uma má escolha. Com relação aos candidatos, espera-se que honrem o nome e cumpram aquilo que assinaram. Futuros prefeitos, não tratem o termo com mais um daqueles papéis esquecidos no fundo da gaveta. O destino de Mogi pode estar nas mãos de um de vocês.

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